segunda-feira, maio 31, 2010

Radar pode ter enganado pilotos do voo 447, dizem especialistas

Reportagem do Fantástico mostrou a opinião de grupo de experts.
Eles analisaram investigações da queda do Airbus A 330, há um ano.





Do G1, com informações do Fantástico

Para eles, o radar do Airbus A330 pode ter levado os pilotos ao erro de entrar em uma tempestade gigantesca como a registrada naquela noite. "Nenhum piloto faria isso, a não ser por engano", disse John Cox, comandante e especialista em segurança de voo.

O acidente até hoje não tem uma explicação definitiva. O avião partiu do Rio de Janeiro na noite de 31 de maio de 2009 rumo a Paris. Sumiu de madrugada, quando sobrevoava o mar. No dia 6 de junho, destroços foram encontrados no Oceano Atlântico. Entre passageiros e tripulação, os mortos chegaram a 228, 59 deles, brasileiros. Equipes de resgate não recuperaram nenhuma das caixas pretas do avião perdidas no fundo do mar, única maneira de ter certeza sobre o que aconteceu.

Um grupo formado por alguns dos maiores especialistas em aviação civil do mundo reuniu as informações disponíveis e apresentou os resultados de uma investigação independente.

Na opinião dos especialistas, os pilotos franceses foram enganados pelo radar. O voo 447 estava de frente para uma gigantesca tempestade tropical de 400 km de largura, mas o radar do Airbus foi bloqueado por uma tempestade menor e os pilotos foram incapazes de enxergar a ameaça que estava por trás. Diversos vôos naquela noite desviaram da tempestade: o 447 fez apenas uma pequena correção de rota. Na frente das nuvens gigantes aparecia uma tempestade pequena.

Participaram das investigações o inglês Tony Cable, veterano nas investigações como a da queda do concorde em Paris e o atentado que derrubou um jumbo da Panair sobre a Escócia; e John Cox, comandante americano especialista em segurança de voo.

Tubos congelados
Às 2h11 da madrugada do acidente, uma mensagem acusou falha geral nos tubos Pitot do Airbus, o que significa que o computador de bordo perdeu seu principal parâmetro, a medição de velocidade.

Tubos Pitot são uma espécie de velocímetro dos aviões. Por garantia, cada avião tem três tubos Pitot. No voo 447, os três falharam.

Para a equipe de investigadores, uma anomalia climática pode ter parado os tubos: a sobrefusão da água, que é quando a temperatura da água é baixa o suficiente para se transformar em gelo mas permanece liquida.

As análises indicam que os tubos Pitot foram atingidos por água em sobrefusão dentro das nuvens e pararam de funcionar. Desde 2003, em 36 ocasiões o fenômeno aconteceu com aviões AirBus. Em 2007, a fabricante recomendou as trocas dos tubos. A Air France estava prestes a substituir o equipamento daquela aeronave.

Diante da emergência, o computador de bordo desligou o piloto automático e os pilotos se viram obrigados a assumir o controle. Um problema: sem os tubos Pitot, eles não sabiam a que velocidade estavam viajando e o que deveriam fazer para que ela fosse suficiente para sustentar o voo.

Em simuladores de voo, os especialistas reproduziram as falhas e, com muita dificuldade, conseguiram manter velocidade e evitar a queda mesmo com a quebra dos três tubos Pitot.

"Mesmo em queda livre seria possível retomar avião, mas seria preciso habilidade de pilotos militares", na opinião de John Cox.

Homenagem e indenizações
Um grupo de familiares das vítimas do voo 447 embarcou no domingo (30) do Rio de Janeiro para Paris. Na terça-feira, os parentes participam de uma homenagem às 228 pessoas que estavam no avião da Air France.

Como esquecer a tragédia e recomeçar a vida? Neste momento, ainda é impossível, dizem os familiares. “Estou tentando preparar a minha filha, tentando preparar a minha família porque ele não vai voltar”, diz Lenita, que perdeu o marido.



"O luto das pessoas simplesmente não fecha enquanto não se descobrir o que houve”, comenta a irmã de Adriana, Maarteen Van Sluys.

Em março, a Justiça do Rio de Janeiro condenou a Air France a pagar indenização de R$ 2,4 milhões à família de uma das vítimas. A empresa recorreu da decisão.

A maioria das famílias brasileiras entrou com pedidos de indenização nos Estados Unidos.
As ações são contra a Air France e contra 19 fabricantes americanos de peças e de equipamentos usados no avião que caiu no mar.

“É mais rápido e muito mais justo. Porque lá se trata a vida realmente no seu devido valor”, compara Nelson Faria Marinho.

De Paris, Nelson Marinho Filho, aos 40 anos, iria para Angola, trabalhar em uma plataforma de petróleo como mecânico. Em homenagem a ele, o irmão fez um poema.

“O principal é sabermos da verdade. Amanhã qualquer um de nós pode estar em um avião desses”, diz Nelson Faria Marinho.

De Miami, pela internet, falamos com o advogado americano contratado por parentes das vítimas. Ele não quis revelar o valor das indenizações mas disse que o julgamento dos pedidos deve começar em no máximo nove meses.

Em nota, a assessoria da Air France no Brasil diz que a empresa presta assistência psicológica, mediante avaliações periódicas, que indenizou algumas famílias no Brasil e que segue empenhada para acelerar as indenizações.

Fonte: G1

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Citações: (Carlos Drummond de Andrade)








Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha, sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e, sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.


Citações:

“A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.”

“Adão, o primeiro espoliado - e no próprio corpo.”

“As academias coroam com igual zelo o talento e a ausência dele.”

“Cada geração de computadores desmoraliza as antecedentes e seus criadores.”

“Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.”

“Há homens e mulheres que fazem do casamento uma oportunidade de adultério.”

“No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.”

“O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.”

“O homem vangloria-se de ter imitado o vôo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam.”

“Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.”

“Quem gosta de escrever cartas para os jornais não deve ter namorada.”

“Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.”

“Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.”

“Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes”

“Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer.”

“Os homens são como as moedas; devemos tomá-los pelo seu valor, seja qual for o seu cunho.”

“Como as plantas a amizade não deve ser muito nem pouco regada.”

“Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.”

“Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.”

“Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante.”

“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.”
“A educação para o sofrimento evitaria senti-lo, em relação a casos que não o merecem.”
“Para a virtude da discrição, ou de modo geral qualquer virtude, aparecer em seu fulgor, é necessário que faltemos à sua prática.”
“A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.”
Carlos Drummond de Andrade

Citações: (Carlos Drummond de Andrade)


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domingo, maio 30, 2010

Compreenda a origem da rivalidade entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul.



O professor de história do cursinho pH, Igor Vieira, dá uma aula sobre a rivalidade entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, iniciada na 2ª Guerra Mundial.

Vieira explica que o Japão invadiu a península da Coreia e houve uma mobilização para que eles fossem expulsos. Em 1945, com a presença das bombas atômicas, o Japão se rendeu.

Durante a negociação de paz no pós-guerra, o professor afirma que foi acordado entre as potências vencedoras que a Coreia ficaria dividida.

A Coreia do Norte ficou sob a tutela da União Soviética, onde vigorava o modelo socialista. Na Coreia do Sul havia o sistema capitalista e o domínio dos Estados Unidos.

Confira a aula completa em vídeo.



Fonte: G1

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Veja os melhores momentos da festa de reabertura do Theatro Municipal do Rio




O evento foi só para convidados. O presidente Lula marcou presença. Representantes das empresas que patrocinaram a restauração foram homenageados. Confira como ficou o teatro depois da reforma.

Fonte: G1

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sábado, maio 29, 2010

Dilma rechaça declarações de Serra sobre a Bolívia




EVANDRO FADEL - Agência Estado

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, insistiu hoje, em Chapecó, no oeste de Santa Catarina, que não é atitude de estadista atribuir responsabilidade ao governo boliviano pela produção e pelo tráfico de cocaína. "Um estadista não faz isso", afirmou ela, no 2º Encontro Nacional de Habitação da Agricultura Familiar. "Incriminar um governo é diferente de dizer que da Bolívia vem droga."

O pré-candidato do PSDB, José Serra, afirmou esta semana que o governo boliviano poderia ser "cúmplice" no tráfico de droga e, ontem, ressaltou que estava se referindo à quantidade de entorpecentes que vem do país vizinho e que não via nenhuma atitude da Bolívia para contê-lo. De acordo com Dilma, a Polícia Federal (PF) e o Ministério da Justiça estão colaborando "intensamente" com a Bolívia.

A petista contou ter conversado ontem com o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, que a informou sobre uma atuação conjunta que culminou com o fechamento de uma fábrica de cocaína, o que há muito tempo não acontecia na Bolívia. "É preciso que haja conversa entre os ministérios da Justiça", disse. "É prudente não atribuir, sem informações e provas, responsabilidades ao governo boliviano. Não é papel de um estadista fazer isso."

DEM

A pré-candidata se recusou a comentar a propaganda do DEM que foi ao ar ontem durante horário eleitoral gratuito. "Não vou fazer comentário sobre o programa de televisão porque não é do meu feitio", justificou-se. O DEM dedicou seu programa partidário inteiramente ao pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Pouco antes de chegar ao pavilhão, onde os agricultores estavam reunidos, Dilma concedeu entrevista à Rádio Super Condá, em que criticou Serra, citando-o como aquele que "provavelmente será meu adversário" por, na condição de ministro do Planejamento do governo Fernando Henrique Cardoso, não ter feito superávit primário. "Nós jamais fizemos déficit em oito anos de governo", disse.

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sexta-feira, maio 28, 2010

Carta a Lula não era 'instrução' sobre o Irã, dizem EUA

Autoridades ouvidas pelo Jornal Nacional comentaram mensagem enviada.
Segundo elas, não houve autorização para negociação com Teerã.





Fernando Castro Da TV Globo, no Rio

Funcionários graduados do governo americano disseram nesta sexta-feira (28), ao Jornal Nacional, que a carta enviada pelo presidente Barack Obama ao presidente Lula antes do acordo negociado em Teerã por Brasil e Turquia não se tratava de uma "instrução ao governo brasileiro".



Segundo eles, a carta apenas explicava, de modo geral, o posicionamento dos Estados Unidos em relação ao Irã, mas não detalhava uma série de preocupações do governo americano em relação ao programa nuclear iraniano -- preocupações que foram, de acordo com eles, informadas ao Brasil em outras ocasiões. As autoridades americanas afirmaram que, em nenhum momento, autorizaram o governo brasileiro a negociar em nome dos Estados Unidos.

Entre as preocupações que não foram muito detalhadas na carta estaria o fato de o Irã ter aumentado bastante o seu estoque de urânio desde setembro do ano passado, quando o país se recusou a assinar o primeiro acordo proposto pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que previa o envio de material para a França ou a Rússia, onde seria enriquecido.

Outra preocupação que também não foi mencionada especificamente no documento diz respeito ao fato de o Irã ter anunciado ao mundo, em fevereiro, que o país estava enriquecendo urânio a 20%, o que, segundo especialistas, deixa o país mais perto da tecnologia necessária para a fabricação de armas nucleares.

Os funcionários do alto escalão do governo americano ainda mencionaram a revelação, feita no ano passado, de que o Irã estava construindo uma usina nuclear secreta, embaixo de uma montanha, ao lado de uma instalação militar.

Segundo eles, todas essas questões "preocupantes" foram claramente informadas ao governo brasileiro em diversas ocasiões, por outros meios que não esta carta específica, inclusive numa reunião com a embaixadora do Brasil nas Nações Unidas.

Cópias de relatórios

Um dos funcionários chegou a afirmar que o Brasil e a Turquia receberam cópias de relatórios do serviço de inteligência americano sobre as pretensões nucleares do Irã e que, portanto, a carta enviada ao presidente Lula era apenas parte de uma série de contatos diretos entre representantes brasileiros e americanos.

O governo americano tem declarado que o Irã está desrespeitando três determinações das Nações Unidas, que proíbem o país de continuar enriquecendo urânio em suas usinas.

Por conta disso, os iranianos teriam conseguido dobrar o seu estoque de urânio. Os Estados Unidos afirmam que, hoje, mesmo que o Irã mande 1.200 kg de urânio para serem enriquecidos na Turquia, como prevê o acordo negociado pelo Brasil, o governo iraniano ainda teria material bruto para fabricar, pelo menos, uma bomba atômica.

O governo iraniano tem afirmado, repetidas vezes, que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos.

Escalada de declarações

Nos últimos dias, o acordo tem gerado uma escalada de declarações conflitantes entre o governo do Brasil e o dos EUA. A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse na quinta-feira (27) que a ação diplomática com o Irã deixou o mundo menos seguro e apontou "discordâncias muito sérias" com o governo brasileiro.

Também na quinta, em encontro com o premiê turco, Tayyip Erdogan, Lula afirmou que 'isolamento e punição não levam ao entendimento', em uma crítica ao tratamento dado pelos EUA ao Irã e à tentativa americana de impor novas sanções a Teerã no Conselho de Segurança da ONU.

Os funcionários do governo americano ouvidos pelo Jornal Nacional disseram que reconhecem o que chamaram de "esforços sinceros" do Brasil e da Turquia na área diplomática, mas declararam que o Irã só assinou o acordo para ganhar tempo e evitar as sanções. A proposta foi apresentada pelos Estados Unidos, com o apoio da França, do Reino Unido, da Rússia, da China e da Alemanha.

Ao serem questionadas se defendem ou não o acordo de Teerã, as autoridades americanas responderam que acreditam no que chamaram de "diplomacia de duas vias". Segundo eles, o Irã pode, sim, mandar urânio para ser enriquecido na Turquia, como prevê o acordo negociado pelo Brasil, mas também deve parar, imediatamente, de enriquecer urânio em seu território, como querem os Estados Unidos e outras potências ocidentais.

Fontes: G1

Jornal nacional



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'Vamos fazer inveja no Serra', diz Lula a Evo

Presidentes participaram do 3.º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.
Nesta semana, tucano disse que Bolívia é cúmplice do tráfico de drogas.




Em momento de descontração logo após a foto oficial de chefes de Estado no 3.º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no saguão do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu abraçado ao boliviano Evo Morales e fez piada com o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que, na quarta-feira, afirmara que o governo da Bolívia "é cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil.

"Vamos posar aqui; vamos fazer inveja no Serra", disse Lula ao colega, rindo bastante, em frente aos fotógrafos. De mãos dadas como presidente do Brasil, Evo também riu, mas não comentou a declaração.

Pouco depois, a entrevista coletiva de Morales, que estava agendada para as 16h desta sexta-feira (28), foi cancelada. A jornalistas, o boliviano se recusou a responder a perguntas e deu um palpite sobre a Copa do Mundo: "O Brasil será campeão." O governo da Bolívia divulgou nota para rebater as declarações do tucano.

Antes, em discurso na reunião plenária de cúpula, no início da tarde, Morales foi muito aplaudido: "Precisamos salvar a humanidade e a natureza do capitalismo", defendeu. Para ele, criou-se uma "anticivilização" em que tudo vira mercadoria. "Essa anticivilização está levando à destruição do planeta", discursou. O presidente boliviano comparou a colonização da América a um "genocídio" e afirmou que a riqueza de civilizações europeias foi construída à custa de "sangue e ouro do nosso continente".

"Uma civilização não se faz com guerras, balas e bases militares. Não haverá paz enquanto não tiver justiça social."

Fonte: G1

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Citações: (Montesquieu)







Charles-Louis de Secondat, ou simplesmente Charles de Montesquieu, senhor de La Brède ou barão de Montesquieu (castelo de La Brède, próximo a Bordéus, 18 de Janeiro de 1689 — Paris, 10 de Fevereiro de 1755), foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais.
Aristocrata, filho de família nobre, nasceu no dia 18 de Janeiro de 1689 e cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista decadente, bem como do clero católico. Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boêmia literária. Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordéus, que presidiu de 1716 a 1726. Fez longas viagens pela Europa e, de 1729 a 1731, esteve na Inglaterra.
Proficiente escritor, concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu também para a célebre Enciclopédia, juntamente com Diderot e D'Alembert..
Morreu em Paris, no dia 10 de Fevereiro de 1755.

Citações:

“Nas mulheres jovens, a beleza supre o espírito. Nas velhas, o espírito supre a beleza.”

“Todos os maridos são feios.”

“As leis, no sentido mais amplo, são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.”

“Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte.”

“As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo de preconceitos do próprio país e não nos sentimos dispostos a assumir aqueles dos estrangeiros.”

“Num Estado, isto é, numa sociedade onde há leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer-se o que se deve querer e em não estar obrigado a fazer o que não se deve querer.”

“Quando se corre atrás do espírito, apanha-se a tolice.”

“Quanto menos os homens pensam, mais eles falam.”

“Correndo em busca do prazer, tropeça-se com a dor.”

“Toda a grandeza, toda a força, todo o poder é relativo. É necessário ter bem presente que, ao procurar aumentar a grandeza real, se não diminua o verdadeiro poder.”

Charles de Montesquieu.


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Citações: (Rousseau)







Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, dois de Julho de 1778) foi um filósofo genebrino, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo.
Ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem, Rousseau inspirou todos os movimentos que visavam uma busca pela liberdade. Incluem-se aí as Revoluções Liberais, o Marxismo, o Anarquismo etc.
Sua influência se faz sentir em nomes da literatura como Tolstoi e Thoreau, influencia também movimentos de Ecologia Profunda, já que era adepto da proximidade com a natureza e afirmava que os problemas do homem decorriam dos males que a sociedade havia criado e não existiam no estado selvagem. Foi um dos grandes pensadores nos quais a Revolução Francesa se baseou, apesar de esta se apropriar erroneamente de muitas de suas ideias.
A filosofia política de Rousseau é inserida na perspectiva dita contratualista de filósofos britânicos dos séculos XVII e XVIII, e seu famoso Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens pode ser facilmente entendido como um diálogo com a obra de Thomas Hobbes.


Citações:

“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.”

“É, sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar.”

“A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.”

“A espécie de felicidade de que preciso não é fazer o que quero, mas não fazer o que não quero.”

“A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada.”

“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que de discípulos; é preciso ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.”

“Os homens dizem que a vida é curta, e eu vejo que eles se esforçam para a tornar assim.”

“Amo-me a mim próprio demasiado para poder odiar seja o que for.”

“Quanto mais do mundo vi, menos pude moldar-me à sua maneira.”

“Sempre notei que as pessoas falsas são sóbrias, e a grande moderação à mesa geralmente anuncia costumes dissimulados e almas duplas.”


“Não há nada que esteja menos sob o nosso domínio que o coração, e, longe de podermos comandá-lo, somos forçados a obedecer-lhe.”

“O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado.”

“Só se é curioso na proporção de quanto se é instruído.”

“Sou escravo pelos meus vícios e livre pelos meus remorsos.”

“O que viveu mais não é aquele que viveu até uma idade avançada, mas aquele que mais sentiu na vida.”

“A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui.”

“A espécie de felicidade que me falta, não é tanto fazer o que quero mas não fazer o que não quero.”

“Conheço muito bem os homens para ignorar que muitas vezes o ofendido perdoa, mas o ofensor não perdoa jamais.”

“Prefiro ser um homem de paradoxos que um homem de preconceitos.”

“Caminhar com bom tempo, numa terra bonita, sem pressa, e ter por fim da caminhada um objetivo agradável: eis, de todas as maneiras de viver, aquela que mais me agrada.”

Jean Jacques Rousseau


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SALVE O CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO



Caros amigos,


Próxima terça-feira dia 1 de junho nossas florestas irão sofrer um ataque perigoso – deputados da “bancada ruralista” estão tentando destruir o nosso Código Florestal, buscando reduzir dramaticamente as áreas protegidas, incentivando o desmatamento e crimes ambientais.

O que é mais revoltante, é que os responsáveis por revisar essa importante lei são justamente os ruralistas representantes do grande agronegócio. É como deixar a raposa cuidando do galinheiro!

Há um verdadeiro risco da Câmara aprovar a proposta ruralista – mas existem também alguns deputados que defendem o Código e outros estão indecisos. Nos próximos dias, uma mobilização massiva contra tentativas de alterar o Código, pode ganhar o apoio dos indecisos. Vamos mostrar que nós brasileiros estamos comprometidos com a proteção ambiental – clique abaixo para assinar a petição em defesa do Código Florestal:

http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl


Enquanto o mundo todo defende a proteção do meio ambiente, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: entregando de mão beijada as nossas florestas para os maiores responsáveis pelo desmatamento do Cerrado e da Amazônia. Eles querem simplesmente garantir a expansão dos latifúndios, quando na verdade uma revisão do Código deveria fortalecer as proteções ao meio ambiente e apoiar pequenos produtores.

As propostas absurdas incluem:

* Reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%
* Reduzir as Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro:
* Anistia aos crimes ambientais, sem exigir o reflorestamento da área
* Transferir a legislação ambiental para o nível estatal, removendo o controle federal

Essa não é uma escolha entre ambientalismo e desenvolvimento econômico, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia.

A proteção das floretas e comunidades rurais dependem do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo. Assine a petição para salvar o Código Florestal e depois divulgue!

http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl

Juntos nós aprovamos a Ficha Limpa na Câmara e no Senado. Se agirmos juntos novamente pelas nossas florestas nós podemos fazer do Brasil um modelo internacional de desenvolvimento aliado à preservação.

Com esperança,

Graziela, Alice, Paul, Luis, Ricken, Pascal, Iain and the entire Avaaz team

Saiba mais:

País tem 100 mi de hectares sem proteção - Estado de São Paulo:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100505/not_imp547054,0.php


Estudos ressaltam importância ambiental do Código Florestal - WWF:
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?24940/Estudos-ressaltam-importancia-ambiental-do-Codigo-Florestal

Para ambientalistas, relatório de Rebelo é genérico e equivocado :
http://www.portaldomeioambiente.org.br/legislacao-a-direito/codigo-florestal-brasileiro/4110-para-ambientalistas-relatorio-de-rebelo-e-generico-e-equivocado.html




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Os presidentes do Brasil:(Eurico Gaspar Dutra)




Hoje na série os presidentes do Brasil, Eurico Gaspar Dutra:


Eurico Gaspar Dutra (Cuiabá, 18 de maio de 1883 — Rio de Janeiro, 11 de junho de 1974) foi um militar brasileiro e décimo sexto Presidente do Brasil e único presidente do Brasil oriundo do Mato Grosso.
Dutra tinha um problema de dicção onde trocava a letra c pela letra x.

Em 1902, Dutra ingressou na Escola Preparatória e Tática do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, e, depois, na Escola Militar de Realengo e na Escola de Guerra de Porto Alegre.
Em 1922 formou-se na Escola de Estado-Maior. Dutra não participou da Revolução de 1930, estando, na época, no Rio de Janeiro, tendo defendido a ambiguade frente à Revolução de 1930.
Em 1935 comandou a repressão à Intentona Comunista nas cidades do Rio de Janeiro, Natal e Recife, uma das primeiras, da I Região Militar, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o nomearia ministro da Guerra, atual comandante do Exército Brasileiro, em 5 de dezembro de 1936.
Nesse posto, cumpriu papel decisivo, junto com Getúlio Vargas e com o general Góis Monteiro, na conspiração e na instauração da ditadura do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937. Permaneceu como ministro da Guerra até ser expulso para disputar a eleição presidencial de 1945.
Após a Segunda Guerra Mundial, pregou a redemocratização do país. Sendo novamente expulso do ministério em 3 de agosto de 1945, e participando a seguir, embora não muito intensamente, da deposição de Getúlio Vargas em outubro de 1945. Paradoxalmente o líder deposto anunciou seu apoio à candidatura de Dutra à presidência da República nas eleições que se seguiriam.
Dutra candidatou-se pelo Partido Social Democrático (PSD), em coligação com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e venceu as eleições de 2 de dezembro de 1945, com 3.351.507 votos, superando Eduardo Gomes da União Democrática Nacional e Iedo Fiúza do Partido Comunista Brasileiro. Para vice-presidente, a escolha recaiu sobre o político catarinense Nereu Ramos, também do PSD, eleito pela Assembléia Nacional Constituinte de 1946. Quando Dutra foi eleito presidente, ainda estava em vigência a constituição de 1937, que não previa a figura do vice-presidente).
Dutra assumiu o governo em 31 de janeiro de 1946, juntamente com a abertura dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, em clima da mais ampla liberdade. O pacto constitucional surgiu do entendimento dos grandes partidos do centro liberal, o PSD e a UDN, embora ali tivessem assento atuantes bancadas de esquerda, como as do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e PTB. Dutra não interferiu nas decisões, mesmo quando teve seu mandato reduzido de seis para cinco anos, pois fora eleito na vigência da Constituição de 1937 que previra mandato de 6 anos. O quinquênio presidencial, que começara com a proibição do jogo no Brasil (abril de 1946), entraria no ano de 1948 em sua fase mais característica, marcada pelo acórdão do Tribunal Superior Eleitoral que considerou fora da lei o PCB (1947) e depois pela ruptura de relações com a União Soviética (1948).
A política financeira de Dutra foi criticada pela má utilização das divisas acumuladas no curso da guerra. Na política externa, reforçou-se a aliança com os Estados Unidos. Eurico Gaspar Dutra deixou o governo em 31 de janeiro de 1951.
O governo avaliou mal a situação das reservas. Em 1946, metade das reservas era considerada estratégica, estava em ouro. A outra metade (US$ 235 milhões estava em libras esterlinas bloqueadas) e apenas US$ 92 milhões eram realmente líquidos e utilizáveis em países com moedas conversíveis. Uma dos origens do problema: Brasil tinha superávit com área de moedas inconversíveis e déficits com EUA e outros países de moeda forte. Também, no pós-guerra não houve afluxo de capitais públicos ou privados para o Brasil, que não era prioridade no novo contexto global.
1. A taxa de câmbio sobrevalorizada, ao desestimular a oferta do produto, poderia ser usada para sustentar os preços internacionais do café.
2. O governo temia que alterações no câmbio aumentassem a inflação doméstica.
3. 40% das exportações eram para as áreas de moedas inconversíveis, enquanto o café representava mais de 70% das exportações para as áreas de moedas conversíveis, então superávits comerciais adicionais na área inconversível apenas pressionariam a base monetária.

De caráter desenvolvimentista, Eurico Dutra reuniu sugestões de vários ministérios e deu prioridade a quatro áreas: Saúde, Alimentação, Transporte e Energia (cujas iniciais formam a sigla SALTE). Os recursos para a execução do Plano SALTE seriam provenientes da Receita Federal e de empréstimos externos. Entretanto, a resistência da coalizão conservadora e a ortodoxia da equipe econômica acabaram por inviabilizar o plano, que praticamente não saiu do papel.
O governo de Dutra iniciou a construção e inaugurou a ligação rodoviária do Rio de Janeiro a São Paulo, pavimentada, a BR-2, atual Rodovia Presidente Dutra, duplicada em 1967, e uma das mais importantes do país.
Foi com o plano SALTE também, que Dutra abriu a rodovia Rio de Janeiro - Bahia e instalou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF)
Foi durante sua gestão na Presidência da República que surgiram o Conselho Nacional de Economia, as Comissões de Planejamento Regional e o Tribunal Federal de Recursos. Em seu governo foi elaborado o Estatuto do Petróleo, a partir do qual tiveram início a construção das primeiras refinarias e a aquisição dos primeiros navios petroleiros. A administração Dutra pôs em funcionamento a Hidrelétrica de Paulo Afonso.
Durante seu governo foram extintos os territórios federais de Ponta Porã e Iguaçu. Visitou os EUA, em 1950, sendo o segundo presidente brasileiro a fazer esta visita, o primeiro fora Júlio Prestes.
Uma de suas medidas mais polêmicas foi certamente a proibição dos jogos de azar no Brasil, em 30 de abril de 1946.
Em 18 de setembro de 1950, foi inaugurada a TV Tupi, a primeira emissora de televisão do Brasil. Entre 24 de junho e 16 de julho daquele ano, o Brasil sediou a Copa do Mundo, em cuja partida final a equipe do Uruguai derrotou o Brasil dentro do Estádio do Maracanã e levantou o título de campeão mundial de futebol.

Ministros do Governo Dutra:

Aeronáutica: tenente-brigadeiro Armando Figueira Trompowsky de Almeida;
Agricultura: Manuel Neto Campelo Júnior, Daniel Serapião de Carvalho, Antônio Novais Filho;
Educação e Saúde Pública: Ernesto de Sousa Campos, Clemente Mariani Bittencourt, Eduardo Rios Filho (interino), Pedro Calmon Moniz de Bittencourt;
Fazenda: Gastão da Costa Vidigal, Onaldo Brancante Machado (interino), Pedro Luís Correia e Castro, Oscar Santa Maria Pereira (interino), José Vieira Machado (interino), Ovídio Xavier de Abreu (interino), Manuel Guilherme da Silveira Filho;
Guerra: general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, general Canrobert Pereira da Costa, general Newton de Andrade Cavalcanti, vice-almirante José Maria Neiva (interino);
Justiça e Negócios do Interior: Carlos Coimbra da Luz, Benedito Costa Neto, Adroaldo Mesquita da Costa, Honório Fernandes Monteiro (interino), Adroaldo Tourinho Junqueira Aires (interino), José Francisco Bias Fortes;
Marinha: almirante Jorge Dodsworth Martins, almirante Sílvio Mascarenhas, almirante Lara de Almeida (interino), almirante Sílvio de Noronha;
Relações Exteriores: João Neves da Fontoura, Samuel de Sousa Leão Gracie (interino), Raul Fernandes (interino), Hildebrando Pompeu Pinto Acioli (interino), Ciro de Freitas Vale (interino);
Trabalho, Comércio e Indústria: Otacílio Negrão de Lima, Francisco Vieira de Alencar (interino), Morvan Dias de Figueiredo, João Otaviano de Lima Pereira, Honório Fernandes Monteiro, Cândido Mota Filho (interino), Marcial Dias Pequeno;
Viação e Obras Públicas: Edmundo de Macedo Soares e Silva, Luís Augusto da Silva Vieira (interino), Clóvis Pestana, João Valdetaro do Amorim e Melo.

Depois da presidência:

Deixou a presidência em janeiro de 1951, mas continuou a participar da vida política brasileira. Fez um pronunciamento importante em 1964, contra o governo João Goulart que teve ampla repercussão entre os militares. Em 1964, logo após o golpe militar contra João Goulart, tentou voltar à presidência, mas já estava por demais afastado do grupo militar dominante, sendo preterido por Humberto de Alencar Castelo Branco.


Bibliografia:
CAÓ, José, Dutra, o Presidente e a Restauração Democrática, Editora Progresso, 1949.
FREIXINHO, Nilton, Instituições Em Crise: Dutra e Góes Monteiro, Editora Bibliex, 1997.
KOIFMAN, Fábio, Organizador - Presidentes do Brasil, Editora Rio, 2001.
LEITE, Mauro Renault e NOVELLI JÚNIOR, Marechal Eurico Gaspar Dutra: o Dever da Verdade, Editora Nova Fronteira, 1983.
MOURÃO, Milcíades M, Dutra - História de um Governo, Editora José Olímpio, 1955.
NASSER, David, Para Dutra Ler na Cama, Editora O Cruzeiro, 1947.
OLIVEIRA, José Teixeira, O Governo Dutra, Editora Civilização Brasileira, 1956.
SILVA, Hélio, Eurico Gaspar Dutra - 16º Presidente do Brasil, Editora Três, 1983.
VALE, Osvaldo Trigueiro do, O General Dutra, Editora Civilização Brasileira, 1978.

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Citações: (Fernando Pessoa)






Biografia Fernando Pessoa:


Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa, aí morreu em 1935, e poucas vezes deixou a cidade em adulto, mas passou nove anos da sua infância em Durban, na colônia britânica da África do Sul, onde o seu padrasto era o cônsul Português. Pessoa, que tinha cinco anos quando o seu pai morreu de tuberculose, tornou-se num rapaz tímido e cheio de imaginação, e num estudante brilhante.

Pouco depois de completar 17 anos, voltou para Lisboa para entrar na universidade, que cedo abandonou, preferindo estudar por sua própria conta, na Biblioteca Nacional, onde leu sistematicamente os grandes clássicos da filosofia, da história, da sociologia e da literatura (portuguesa em particular) a fim de completar e expandir a educação tradicional inglesa que recebera na África do Sul. A sua produção de poesia e de prosa em Inglês foi intensa, durante este período, e por volta de 1910, já escrevia também muito em Português. Publicou o seu primeiro ensaio de crítica literária em 1912, o primeiro texto de prosa criativa (um trecho do Livro do Desassossego) em 1913, e os primeiros poemas em 1914.

Vivendo por vezes com parentes, outras vezes em quartos alugados, Pessoa ganhava a vida fazendo traduções ocasionais e redação de cartas em inglês e francês para firmas portuguesas com negócios no estrangeiro. Embora solitário por natureza, com uma vida social limitada e quase sem vida amorosa, foi um líder ativo do movimento Modernista em Portugal, na década de 10, e ele próprio inventou vários movimentos, incluindo um "Interseccionismo" de inspiração cubista e um estridente e semi-futurista

Pessoa manteve-se afastado das luzes da ribalta, exercendo a sua influência, todavia, através da escrita e das tertúlias com algumas das mais notáveis figuras literárias portuguesas. Respeitado em Lisboa como intelectual e como poeta, publicou regularmente o seu trabalho em revistas, boa parte das quais ajudou a fundar e a dirigir, mas o seu gênio literário só foi plenamente reconhecido após a sua morte. No entanto, Pessoa estava convicto do próprio gênio, e vivia em função da sua escrita. Embora não tivesse pressa em publicar, tinha planos grandiosos para edições da sua obra completa em Português e Inglês e, ao que parece, guardou a quase totalidade daquilo que escreveu.

Em 1920, a mãe de Pessoa, após a morte do segundo marido, deixou a África do Sul de regresso a Lisboa. Pessoa alugou um andar para a família reunida - ele, a mãe, a meia irmã e os dois meios irmãos - na Rua Coelho da Rocha, nº 16, naquela que é hoje a Casa Fernando Pessoa. Foi aí que Pessoa passou os últimos 15 anos da sua vida - na companhia da mãe até à morte desta, em 1925, e depois com a meia irmã, o cunhado e os dois filhos do casal (os meios irmãos de Pessoa emigraram para a Inglaterra).

Familiares de Pessoa descreveram-no como afetuoso e bem humorado, mas firmemente reservado. Ninguém fazia idéia de quão imenso e variado era o universo literário acumulado no grande baú onde ele ia guardando os seus escritos ao longo dos anos.

O conteúdo desse baú - que hoje constitui o Espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa - compreende os originais de mais de 25 mil folhas com poesia, prosa, peças de teatro, filosofia, crítica, traduções, teoria lingüística, textos políticos, horóscopos e outros textos sortidos, tanto dactilografados como escritos ou rabiscados ilegivelmente à mão, em Português, Inglês e Francês. Pessoa escrevia em cadernos de notas, em folhas soltas, no verso de cartas, em anúncios e panfletos, no papel timbrado das firmas para as quais trabalhava e dos cafés que freqüentava, em sobrescritos, em sobras de papel e nas margens dos seus textos antigos. Para aumentar a confusão, escreveu sob dezenas de nomes, uma prática - ou compulsão - que começou na infância. Chamou heterônimos aos mais importantes destes "outros", dotando-os de biografias, características físicas, personalidades, visões políticas, atitudes religiosas e atividades literárias próprias. Algumas das mais memoráveis obras de Pessoa escritas em Português foram por ele atribuídas aos três principais heterônimos poéticos - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos - e ao "semi-heterônimo" Bernardo Soares, enquanto que a sua vasta produção de poesia e prosa em Inglês foi, em grande parte, creditada aos heterônimos Alexander Search e Charles Robert Anon, e os seus textos em francês ao solitário Jean Seul. Os seus muitos outros alter-egos incluem tradutores, escritores de contos, um crítico literário inglês, um astrólogo, um filósofo e um nobre infeliz que se suicidou. Havia até um seu "outro eu" feminino: a corcunda e perdidamente enamorada Maria José. No virar do século, sessenta e cinco anos depois da morte de Pessoa, o seu vasto mundo literário ainda não está completamente inventariado pelos estudiosos, e uma importante parte da sua obra continua à espera de ser publicada.

Citações:

“A obra de arte, fundamentalmente, consiste numa interpretação objetivava duma impressão subjetiva”

“A única realidade da vida é a sensação. A única realidade em arte é a consciência da sensação”

“A uma arte assim cosmopolita, assim universal, assim sintética, é evidente que nenhuma disciplina pode ser imposta, que não a de sentir tudo de todas as maneiras, de sintetizar tudo, de se esforçar por de tal modo expressar-se que dentro de uma antologia de arte sensacionista esteja tudo quanto de essencial produziram o Egito, a Grécia, Roma, a Renascença e a nossa época. A arte, em vez de ter regras como as artes do passado, passa a ter só uma regra - ser a síntese de tudo. Que cada um de nós multiplique a sua personalidade por todas as outras personalidades”

“Desejo ser um criador de mitos, que é o mistério mais alto que pode obrar alguém da humanidade.”

“Quer pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre” Obs.: Ricardo Reis heterônimo de Fernando Pessoa.

“Que este processo de fazer arte cause estranheza, não admira; o que admira é que haja cousa alguma que não cause estranheza.”

“Todos os meus escritos ficaram inacabados; sempre novos pensamentos se interpunham, associações de idéias extraordinárias e inexcluíveis, de término infinito ... O Caráter da minha mente é tal que odeio os começos e os fins das coisas, porque são pontos definidos.”

“Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?”

“Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência.”

“O Essencial da arte é exprimir; o que se exprime não interessa.”

Fernando Pessoa.


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Lula defende fim de arsenais nucleares e critica ações pós-crise

Presidente participa de Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, no Rio.
Ele defendeu ação do Brasil e Turquia em acordo com Irã.







Do G1, com informações da Reuters




Em um discurso duro na abertura do 3º Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (28) que o Brasil manterá seus esforços pela paz no Oriente Médio, iniciativa que recebeu críticas da diplomacia americana na quinta-feira. Lula também fez novas críticas ao comportamento dos países desenvolvidos durante e após a crise financeira mundial.

"A existência de armas de destruição em massa torna o mundo mais inseguro", disse Lula, cujo pronunciamento vai na direção oposta aos comentários da secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton. Na quinta-feira (27), ela disse que as ações tomadas por países para ajudar a encontrar uma solução diplomática para a crise nuclear iraniana tornaram o mundo mais perigoso.

Lula começou seu pronunciamento criticando as afirmações de que existam diferenças inconciliáveis entre nações. Para ele, essas teses só servem de pretextos para ações bélicas preventivas, enquanto a diplomacia brasileira aposta no "entendimento que faz calar as armas".

"O mundo precisa de um Oriente Médio em paz. O Brasil não está alheio a essa necessidade. Defendemos um planeta livre de armas e o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação (Nuclear)", disse Lula na abertura do evento.

O presidente lembrou que recentemente esteve no Irã com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, onde mediaram um acordo de troca de combustível nuclear com Teerã. No entanto, o acordo não impediu que potências ocidentais, que suspeitam que o Irã busca armas atômicas, seguissem pressionando por novas sanções ao país.

"Esse é um conflito que ameaça muito mais a estabilidade de uma região importante do planeta. Acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para promoção do desenvolvimento e não uma ameaça", disse.

Crise financeira
O presidente foi duro também ao falar dos países desenvolvidos que, para ele, resistem a promover mudanças que deem maior protagonismo ao mundo em desenvolvimento após a crise financeira global.

"A crise financeira que se abateu sobre todos mostrou o quão necessário será contar com organizações multilaterais poderosas, à altura de um mundo cada vez mais diverso e multipolar. Mas constatamos grande resistência à mudança", disse.

"Incapazes de assumir seus próprios erros, alguns governantes buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos. Adotam medidas protecionistas que oneram bens e serviços e, ao mesmo tempo, se mostram lenientes com os paraísos fiscais, responsabilizam imigrantes pela crise social. A comunidade internacional precisa reagir". disse.

Ele defendeu mais oportunidade para os países em desenvolvimento para que haja crescimento econômico num mundo globalizado. Segundo o presidente, este fórum é a oportunidade para reformar mentalidades.

"É necessário oferecer oportunidade de crescimento econômico para quem já não tem esperanças", disse o presidente que lamentou que ainda existam governos resistentes às mudanças e atribuem o ônus da crise mundial aos países mais fracos, em desenvolvimento.

Para Lula, a tolerância e a igualdade de oportunidades são fundamentais para um ambiente de concórida e de paz.

"A exclusão, o preconceito e a pobreza só alimentam cenários de tensão e de conflito", disse o presidente.


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Quem são os verdadeiros terroristas? Quem são os verdadeiros bárbaros?


Olhando as noticias e os comentários a respeito da crise no Irã e na Coréia, um calafrio me correu a espinha.
Acabamos de certa forma ainda julgando as pessoas por suas crenças, raças, costumes e cultura. Assim como os Romanos, chamamos de bárbaros todos os que são diferentes de nós, usou num turbante, logo chamamos de terrorista. No Brasil se um negro mal vestido atravessa a rua, logo se vêem os vidros dos carros fechando, nossas cadeias estão repletas de negros e pobres, ainda olhamos os africanos como um bando de ignorantes, todos os que não provem da mesma cultura judaica cristã ocidental, são, ainda nos dias de hoje, considerados inferiores.
Essa maneira de viver não é condizente com o século XXI!
Quando esse país foi descoberto, na Europa queimavam-se pessoas vivas por terem crenças diferentes, torturavam-nas até que se arrependessem de quem eram, das crenças que tinham e dos seus costumes. “Uma vez um grande homem que morreu nas mãos de violentos disse: Nós não somos o que gostaríamos de ser, nós não somos o que ainda iremos ser, Mas, graças a Deus, não somos mais quem nós éramos.” (Martin Luther King).
Minha pergunta é: Será que mudamos tanto assim? Será que deixamos de ser quem éramos?
Os ditos desenvolvidos que tanto aplaudimos, países como, EUA, Inglaterra, França e até a Rússia, estão querendo aumentar as sanções ao Irã, mesmo depois de um acordo assinado, onde este se comprometeu em não enriquecer mais urânio em seu território.
O argumento que estão usando é de que o Irã não é um país confiável. Outra pergunta vem à tona: Porque não são confiáveis? Meus amigos a resposta é uma só, não são confiáveis porque são árabes.
Lembram de Hitler?
É muito parecido meus caros!
Pergunta: Porque esses homens estão em campos de concentração?
Resposta: Por que não são confiáveis!
Pergunta?
Porque não são confiáveis?
Resposta: Porque são judeus!
É exatamente a mesma “silogia”, ou melhor, o mesmo sofisma.
Ninguém domina ninguém que esteja em pé de igualdade. Para haver dominação é necessário que o dominador seja melhor do que dominado, o dominado tem que ser sempre o vilão, o bandido.
Esse mesmo tipo de raciocínio se aplica à questão da criminalização de certos indivíduos em nosso país, vejam: Se prende-se um membro da burguesia com entorpecentes, com drogas, em um bairro nobre, ele é dependente, as drogas eram para uso pessoal: mas se aprende-se drogas com um negro, pobre, em uma comunidade do Rio de Janeiro, por exemplo, com a mesma quantidade de drogas, este é traficante! Ou estou enganado?
Para que possamos dominar temos rebaixar moralmente o dominado, para que nós em nossos apartamentos possamos conviver com a miséria que nos cerca, para continuarmos mantendo essa posição de domínio cultural, econômico, faz-se necessário que o dominado seja bandido, perigoso, terrorista ou não confiável.
Essas são as sinapses, são as trocas energéticas da rede do poder, o que Foucault chamava de micro- física do poder.
Essa mesma análise microscópica pode ser feita a nível macroscópico, por exemplo: Porque o acordo do Brasil com o Irã não é confiável? Ora! Trata-se de um acordo feito entre um país sul-americano, um emergente, em desenvolvimento, ou seja, um ex pobre, com um país árabe de maioria muçulmana.
Seguindo a lógica de pensamento que formulei, nem muçulmanos nem pobres são confiáveis, ou seja, tanto nos como os Iranianos somos insignificantes aos olhos desses grandes “baluartes da civilização”.
Não passamos de bárbaros, que ameaçamos o poder do grande Império!
Não se enganem, quando os ditos países do primeiro mundo olham para nós vêem nada além de formigas, que se por acaso morde-los, eles simplesmente esmagam embaixo de suas botas militares.
Um médico argentino, que passou sua vida toda acreditando e lutando pela melhoria da vida das pessoas da América latina, muitas vezes chamado de terrorista, uma vez disse: “Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados.” (Che Guevara).
Sabem o que fizeram a ele? O mataram, e cortaram suas mãos e o homem que ordenou tal coisa disse: “Por anos guardei as mãos de Che Guevara debaixo de minha cama, em um grande pote de vidro.(…)" (Coronel Quiroga).
Isso é que é ser civilizado? É isso é que é ser grande?
Lembrem-se do caso da Guerra do Iraque, os americanos invadiram esse país, contra a resolução das Nações Unidas, a titulo de procurara armas químicas, que nunca foram achadas, as mesmas armas que os americanos tinham dado a eles, quando eles eram mais confiáveis!
Esses são os grandes civilizados, são os mesmos que dizem que este acordo com o Irã de nada vale; os mesmos que orquestraram a captura e morte de Che Guevara.
Estes são os grandes? Meus queridos, só os vemos grandes porque ainda estamos ajoelhados!
É hora de levantarmos e olharmos esses dominadores de igual para igual.
Podemos não ter a mesma tecnologia, podemos não ter a mesma força militar, nas não somos de modo algum moralmente inferiores a ninguém.
Nosso presidente, muito sabiamente disse: “com truculência não se resolve nem problemas familiares, quanto mais problemas internacionais”. A diplomacia sempre foi a chave, mas a chave de quem não quer usurpar ninguém e que respeita a soberania dos outros.
E para aqueles que ainda temem qualquer tipo de represália dos EUA ao Brasil por conta desse acordo com os iranianos, termino meu texto com fazes do doutor Guevara.

“Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.”

“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.”

“Che Guevara”

Texto: Alexandre Veras da Luz


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quinta-feira, maio 27, 2010

Ação diplomática com Irã deixou mundo menos seguro, diz Hillary

Diplomata fez referência a acordo nuclear mediado por Brasil e Turquia.
EUA e Brasil têm 'discordâncias muito sérias' sobre questão iraniana, disse.



Do G1, com agências internacionais

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira (27) que os EUA e o Brasil têm "discordâncias muito sérias" a respeito do programa nuclear iraniano, apesar de a relação entre os países ser muito boa em outros temas.

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira (27) que os EUA e o Brasil têm "discordâncias muito sérias" a respeito do programa nuclear iraniano, apesar de a relação entre os países ser muito boa em outros temas.

"Sem dúvida temos discordâncias muito sérias com a diplomacia do Brasil em relação ao Irã", disse Hillary no Brookings Institution, em Washington, durante uma entrevista para apresentar a nova doutrina de segurança nacional do governo de Barack Obama, que descarta o termo "guerra ao terror", mas deixa todas as opções na mesa para tratar com as questões de Irã e Coreia do Norte.

"Mas nossa discordância não mina nosso comprometimento de ver o Brasil como um país amigo e parceiro", completou, questionada sobre como Washington enxergava o papel do Brasil na diplomacia global.

"Nós queremos uma relação com o Brasil que resista ao teste do tempo", acrescentou.

egundo ela, as ações tomadas por países para ajudar a encontrar uma solução diplomática para a crise nuclear iraniana tornaram o mundo mais perigoso.

"Nós discordamos... nós dissemos (aos brasileiros) que não concordamos com isso, que pensamos que os iranianos estão usando o Brasil, nós achamos que é hora de ir ao Conselho de Segurança", disse.

Hillary informou ainda ter dito ao chanceler brasileiro, Celso Amorim, que os EUA acham que "dar tempo ao Irã, permitir que o Irã evite a unidade internacional em relação a seu programa nuclear torna o mundo mais perigoso, não menos".



No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, também nesta quinta, ao lado do primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, que "isolamento e punição não levam ao entendimento", ao falar do acordo intermeadiao por Brasil e Turquia há menos de 15 dias. Segundo o presidente, é preciso ter "flexibilidade" para alcançar uma solução negociada com o Irã.

"A Declaração de Teerã é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Queremos superar dogmas e temores", afirmou o presidente. Lula disse que as Nações Unidas precisam passar por alterações. "As Nações Unidas requerem reformas para deixarem de ser sombra distoricia de um passado há muito superado", afirmou.

Ele chamou a atenção para o fato de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ser formado por países que possuem armamento nuclear. Os países-membros permanentes do conselho são França, Estados Unidos, Reino Unido, China e Rússia. “Eu liguei para o [ presidente da França, Nicolas] Sarkozy e disse que no Conselho de Segurança da ONU se tivessem países sem arma nuclear a possibilidade de fazer um acordo seria maior”, declarou.

O primeiro-ministro turco defendeu que a comunidade internacional não aplique sanções ao Irã, como proposto pelos Estados Unidos e países europeus. "Se quisermos evitar a proliferação de armas nucleares temos que tomar vários passos. Aqueles que não têm armas nucleares não devem desenvolvê-las, aqueles que têm, devem reduzir seus arsenais", afirmou o primeiro-ministro turco.

Erdogan disse que após a assinatura do acordo escreveu cartas para 27 líderes mundiais defendendo as negociações com o Irã. “Temos responsabilidade com essa posição que nós assumimos e que levou a essa vitória diplomática. Aqueles que criticam são invejosos. O que fizemos era certo e trabalhamos aquilo que anteriormente foi exigido e esperado e o que nós conseguimos foi o produto desses esforços”, afirmou.

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Citações: (Millor Fernandes)


Millôr Viola Fernandes, cartunista, jornalista, cronista, dramaturgo, roteirista, tradutor e poeta brasileiro. Nasce no Rio de Janeiro, em 1923, filho do engenheiro Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes.

Nasceu Milton Viola Fernandes, tendo sido registrado, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr, o que veio a saber na adolescência. Órfão de pai aos dois anos e de mãe aos 11, desde muito cedo começa a trabalhar. Aos 15 anos entra para a revista O Cruzeiro como contínuo. Aos 16 anos, convidado para colaborar na revista A Cigarra, cria o pseudônimo Vão Gôgo. Em 1943 volta para a revista O Cruzeiro, que passa, ao longo dos anos, de 11 mil exemplares para 750 mil exemplares semanais. Em 1946, faz sua estréia literária com o livro Eva sem Costela - um livro em defesa do homem, e sete anos depois é montada sua primeira peça de teatro, Uma Mulher em Três Atos. Em 1964 edita a revista humorística O Pif-Paf, considerada uma das pioneiras da imprensa alternativa, e quatro anos depois participa da fundação do jornal O Pasquim.

Cartunista, vem colaborando nos principais órgãos da imprensa brasileira; cronista, tem mais de 40 títulos publicados; dramaturgo, alcançou sucessos como Liberdade, Liberdade (em parceria com Flávio Rangel), Computa, computador, computa e É..; artista gráfico, tem trabalhos expostos em várias galerias de arte do Rio de Janeiro e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Faz roteiros de filmes, programas de televisão, shows e musicais e é um dos mais solicitados tradutores de teatro do país. Irônico, polêmico, com seus textos (aforismos, epigramas, ironia, duplos sentidos e trocadilhos) e seus desenhos constrói a crônica dos costumes brasileiros dos últimos sessenta anos.

Citações:

“A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.”

“As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.”

“Viver é desenhar sem borracha.”

“Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.”

“Esnobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.”

“Depois que disseram a Ele que o homem foi feito a Sua imagem e semelhança, Ele se ofendeu e disse que nunca mais pisava aqui.”

“Cuidado com as imitações: sexo, só existem dois.”

“O futebol é o ópio do povo e o narcotráfico da mídia.”

“Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.”

“O último refúgio do oprimido é a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. O tirano pode evitar uma fotografia, não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade.”

“Pegamos o telefone que o menino fez com duas caixas de papelão e pedimos uma ligação com a infância.”

“Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos.”

“A pobreza não é, necessariamente, vergonhosa. Há muito pobre sem vergonha.”

“Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.”

Millor Fernandes.

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Citações: (Mário Quintana)






Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista. É considerado um dos maiores poetas brasileiros do século 20.

Mario de Miranda Quintana nasceu prematuramente na noite de 30 de julho de 1906, na cidade de Alegrete, situada na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Seus pais, o farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda Quintana, ensinaram ao poeta aquilo que seria uma de suas maiores formas de expressão - a escrita. Coincidentemente, isso ocorreu pelas páginas do jornal Correio do Povo, onde, no futuro, trabalharia por muitos anos de sua vida.

O poeta também inicia na infância o aprendizado da língua francesa, idioma muito usado em sua casa. Em 1915 ainda estuda em Alegrete e conclui o curso primário, na escola do português Antônio Cabral Beirão. Aos 13 anos, em 1919, vai estudar em regime de internato no Colégio Militar de Porto Alegre. É quando começa a traçar suas primeiras linhas e publica seus primeiros trabalhos na revista Hyloea, da Sociedade Cívica e Literária dos Alunos do Colégio Militar.

Cinco anos depois sai da escola e vai trabalhar como caixeiro (atendente) na Livraria do Globo, contrariando seu pai, que queria o filho doutor. Mas Mario permanece por lá nos três meses seguintes. Aos 17 anos publica um soneto em jornal de Alegrete, com o pseudônimo JB. O poema era tão bom que seu Celso queria contar que era pai do poeta. Mas quem era JB? Mario, então, não perde a chance de lembrar ao pai que ele não gostava de poesia e se diverte com isso.

Em 1925 retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de propriedade de seu pai. Nos dois anos seguintes a tristeza marca a vida do jovem Mario: a perda dos pais. Primeiro sua mãe, em 1926, e no ano seguinte, seu pai. Mas a alegria também não estava ausente e se mostra na premiação do concurso de contos do jornal Diário de Notícias de Porto Alegre com A Sétima Passagem e na publicação de um de seus poemas na revista carioca Para Todos, de Alvaro Moreyra.

Corre o ano de 1929 e Mario já está com 23 anos quando vai para a redação do jornal O Estado do Rio Grande traduzir telegramas e redigir uma seção chamada O Jornal dos Jornais. O veículo era comandado por Raul Pilla, mais tarde considerado por Quintana como seu melhor patrão.

A Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus versos em 1930, ano em que eclode o movimento liderado por Getúlio Vargas e O Estado do Rio Grande é fechado. Quintana parte para o Rio de Janeiro e torna-se voluntário do 7º Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. Seis meses depois retorna à capital gaúcha e reinicia seu trabalho na redação de O Estado do Rio Grande.

Em 1934 a Editora Globo lança a primeira tradução de Mario. Trata-se de uma obra de Giovanni Papini, intitulada Palavras e Sangue. A partir daí, segue-se uma série de obras francesas traduzidas para a Editora Globo. O poeta é responsável pelas primeiras traduções no Brasil de obras de autores do quilate de Voltaire, Virginia Woolf, Charles Morgan, Marcel Proust, entre outros.

Dois anos depois ele decide deixar a Editora Globo e transferir-se para a Livraria do Globo, onde vai trabalhar com Erico Verissimo, que lembra de Quintana justamente pela fluência na língua francesa. É por esta época que seus textos publicados na revista Ibirapuitan chegam ao conhecimento de Monteiro Lobato, que pede ao poeta gaúcho uma nova obra. Quintana escreve, então, Espelho Mágico, que só é publicado em 1951, com prefácio de Lobato.

Na década de 40, Quintana é alvo de elogios dos maiores intelectuais da época e recebe uma indicação para a Academia Brasileira de Letras, que nunca se concretizou. Sobre isso ele compõe, com seu afamado bom humor, o conhecido Poeminha do Contra.

Como colaborador permanente do Correio do Povo, Mario Quintana publica semanalmente Do Caderno H, que, conforme ele mesmo, se chamava assim, porque era feito na última hora, na hora “H”. A publicação dura, com breves interrupções, até 1984. É desta época também o lançamento de A Rua dos Cataventos, que passa a ser utilizado como livro escolar.

Em agosto de 1966 o poeta é homenageado na Academia Brasileira de Letras pelos ilustres Manuel Bandeira e Augusto Meyer. Neste mesmo ano sua obra Antologia Poética recebe o Prêmio Fernando Chinaglia de melhor livro do ano. No ano seguinte, vem o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre. Esta homenagem, concedida em 1967, e uma placa de bronze eternizada na praça principal de sua terra natal, Alegrete, no ano seguinte, sempre eram citadas por Mario como motivo de orgulho. Nove anos depois, recebe a maior condecoração que o Governo do Rio Grande do Sul concede a pessoas que se destacam: a medalha Negrinho do Pastoreio.

A década de 80 traz diversas honrarias ao poeta. Primeiro veio o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Mais tarde, em 1981, a reverência veio pela Câmara de Indústria, Comércio, Agropecuária e Serviços de Passo Fundo, durante a Jornada de Literatura Sul-rio-grandense, de Passo Fundo.

Em 1982, outra importante homenagem distingue o poeta. É o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Oito anos depois, outras duas universidades, a Unicamp, de Campinas (SP), e a Universidade Federal do Rio de Janeiro concedem o mesmo tipo de honraria a Mario Quintana. Mas talvez a mais importante tenha vindo em 1983, quando o Hotel Majestic, onde o poeta morou de 1968 a 1980, passa a chamar-se Casa de Cultura Mario Quintana. A proposta do então deputado Ruy Carlos Ostermann obteve a aprovação unânime da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Ao comemorar os 80 anos de Mario Quintana, em 1986, a Editora Globo lança a coletânea 80 Anos de Poesia. Três anos depois, ele é eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, pela Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e pelo jornal carioca A Voz. Em 1992, A Rua dos Cataventos tem uma edição comemorativa aos 50 anos de sua primeira publicação, patrocinada pela Ufrgs. E, mesmo com toda a proverbial timidez, as homenagens ao poeta não cessam até e depois de sua morte, aos 88 anos, em 5 de maio de 1994.

Citações:

“A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.”

“Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.”

“A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.”

“A amizade é um amor que nunca morre.”

“A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!”

“A poesia não se entrega a quem a define.”

“A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.”

“Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante!”

“Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...”

“Autodidata é um ignorante por conta própria.”

BILHETE
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...”

DA FELICIDADE
“Quantas vezes a gente,em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão,por toda parte,os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!”

DA OBSERVAÇÃO
“Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...”

DAS UTOPIAS
“Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”

“De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente.”

“Dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo... Sim, ele poderá convencer os outros de sua angelitude - mas que trabalheira!”

DO AMOROSO ESQUECIMENTO
“Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?”

DOS MILAGRES
“O milagre não é dar vida ao corpo extinto,
Ou luz ao cego, ou eloqüência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!

“E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vidas dos insetos...”

“Esses padres conhecem mais pecados do que a gente...”

“Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo...”

“Há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e ... os amigos, que são os nossos chatos prediletos.”

“Há uns que morrem antes; outros depois. O que há de mais raro, em tal assunto, é o defunto certo na hora exata.”

“Mas que susto não irão levar essas velhas carolas se Deus existe mesmo...”

Mário Quintana


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Avanço da internet condiciona campanha de presidenciáveis

Estratégias para captar votos na rede já estão a pleno vapor.
Pré-candidatos se tornam "tuiteiros" e apostam em mídias sociais.






Thiago Guimarães, Maria Angélica Oliveira e Marília Juste Do G1, em São Paulo

Em plena expansão no Brasil, a internet promete ser uma ferramenta fundamental nas campanhas eleitorais deste ano no país.

Atentos ao potencial de instrumentos como mídias sociais e softwares para arrecadação online, os principais pré-candidatos à Presidência já articulam estratégias para fisgar o eleitor na rede.

E não são poucos votos. Se em 1998 o índice de brasileiros com acesso à internet era inferior a 3% do total de eleitores, hoje há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais (35% da população) com acesso à rede em qualquer ambiente, como casa e trabalho, segundo pesquisa do Ibope Nielsen Online.

Outros números acendem o radar das campanhas. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacionamento.

O uso eleitoral da internet ganhou relevância com a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. Ferramentas como o my.barackobama.com ajudaram a organizar eventos reais e revolucionaram a captação de recursos para a campanha, que atingiu US$ 500 milhões, com 3,2 milhões de doadores.

Tendência que não passou despercebida pelo mundo político. Até então novatos na chamada Web 2.0, por exemplo, os principais pré-candidatos à Presidência se tornaram em pouco tempo “tuiteiros” (usuários do Twitter), adaptando seus discursos ao universo de 140 caracteres do microblog.



27/05/2010 12h46 - Atualizado em 27/05/2010 12h46
Avanço da internet condiciona campanha de presidenciáveis
Estratégias para captar votos na rede já estão a pleno vapor.
Pré-candidatos se tornam "tuiteiros" e apostam em mídias sociais.

Thiago Guimarães, Maria Angélica Oliveira e Marília Juste Do G1, em São Paulo
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Em plena expansão no Brasil, a internet promete ser uma ferramenta fundamental nas campanhas eleitorais deste ano no país.

Atentos ao potencial de instrumentos como mídias sociais e softwares para arrecadação online, os principais pré-candidatos à Presidência já articulam estratégias para fisgar o eleitor na rede.

E não são poucos votos. Se em 1998 o índice de brasileiros com acesso à internet era inferior a 3% do total de eleitores, hoje há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais (35% da população) com acesso à rede em qualquer ambiente, como casa e trabalho, segundo pesquisa do Ibope Nielsen Online.

Outros números acendem o radar das campanhas. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacionamento.

O uso eleitoral da internet ganhou relevância com a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. Ferramentas como o my.barackobama.com ajudaram a organizar eventos reais e revolucionaram a captação de recursos para a campanha, que atingiu US$ 500 milhões, com 3,2 milhões de doadores.

Tendência que não passou despercebida pelo mundo político. Até então novatos na chamada Web 2.0, por exemplo, os principais pré-candidatos à Presidência se tornaram em pouco tempo “tuiteiros” (usuários do Twitter), adaptando seus discursos ao universo de 140 caracteres do microblog.

PSDB e Serra:



27/05/2010 12h46 - Atualizado em 27/05/2010 12h46
Avanço da internet condiciona campanha de presidenciáveis
Estratégias para captar votos na rede já estão a pleno vapor.
Pré-candidatos se tornam "tuiteiros" e apostam em mídias sociais.

Thiago Guimarães, Maria Angélica Oliveira e Marília Juste Do G1, em São Paulo
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Em plena expansão no Brasil, a internet promete ser uma ferramenta fundamental nas campanhas eleitorais deste ano no país.

Atentos ao potencial de instrumentos como mídias sociais e softwares para arrecadação online, os principais pré-candidatos à Presidência já articulam estratégias para fisgar o eleitor na rede.

E não são poucos votos. Se em 1998 o índice de brasileiros com acesso à internet era inferior a 3% do total de eleitores, hoje há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais (35% da população) com acesso à rede em qualquer ambiente, como casa e trabalho, segundo pesquisa do Ibope Nielsen Online.

Outros números acendem o radar das campanhas. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacionamento.

O uso eleitoral da internet ganhou relevância com a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. Ferramentas como o my.barackobama.com ajudaram a organizar eventos reais e revolucionaram a captação de recursos para a campanha, que atingiu US$ 500 milhões, com 3,2 milhões de doadores.

Tendência que não passou despercebida pelo mundo político. Até então novatos na chamada Web 2.0, por exemplo, os principais pré-candidatos à Presidência se tornaram em pouco tempo “tuiteiros” (usuários do Twitter), adaptando seus discursos ao universo de 140 caracteres do microblog.

PSDB e Serra
“Como vocês dizem, chegando da balada...rs” escreveu no Twitter José Serra, pré-candidato do PSDB, em 28 de abril. Há pouco mais de um ano no microblog, o tucano reúne 238 mil seguidores no site em que comprova a fama de notívago _publicou a mensagem acima, por exemplo, às 4h12 da madrugada.

De olho no número de eleitores conectados – desde seguidores históricos do PSDB até jovens que acabam de tirar o título - a pré-campanha de Serra investe em engajamento na internet. A ideia é fornecer informação, fomentar discussões e formar “embaixadores” da campanha.

À frente de um “núcleo duro” com cerca de dez pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, o publicitário Sérgio Caruso, 41 anos, diz que o principal objetivo é “gerar conversas”. “A internet é mais simples do que as pessoas costumam imaginar”, diz.

O principal site mantido pela pré-campanha é o “Mobiliza PSDB”. A página ensina o bê-á-bá da rede para o militante ou simpatizante tucano. Há dicas para o Twitter, blogs, Orkut e Facebook, para divulgar vídeos pelo YouTube e até informações para melhorar o resultado em buscas no Google.

O "Mobiliza PSDB" tem “filhotes” como o “Rede Mobiliza”, que oferece transmissão ao vivo de eventos, programas sobre mobilização e interação com internautas. Apresentadores acompanham eventos ao vivo e conversam com os internautas do estúdio e via redes sociais.

Todos os contatos são medidos, de comentários dos internautas ao número de interações. O resultado, diz Caruso, é pura informação qualitativa. “Algumas ferramentas da internet são enquetes ao vivo. Com uma boa leitura, é possível saber o que está interessando e o que vai bombar.”

Outro site criado pela pré-campanha é o “Brasil de Verdade”, no ar desde abril. Sob a ótica do partido e de governos tucanos, reúne dados sobre temas como Bolsa-Família, educação e infraestrutura.

Há textos que comparam dados dos governos FHC e Lula em tópicos como energia elétrica, coleta de lixo e acesso à internet. Outros criticam programas do governo do PT, como um que diz que “o PAC empacou”.

Também na linha “verdades e mentiras”, a pré-campanha conta com a página “Gente que Mente”, criada pelo PSDB. Polêmico, o site foi alvo de representação do PT, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedente a acusação de propaganda eleitoral negativa.

“Não é um site que diz ‘você não presta, você é feio, você é gordo’. Ele diz ‘nós não aceitamos essa mentira’, diz Caruso.

PT e Dilma:

Na trincheira da comunicação digital, o PT também mostra suas armas e aposta na fidelização da militância virtual.

"Bom dia, boa tarde, boa noite p/ quem me lê em qquer lugar do mundo. Começo hoje minha aventura no twitter. Quero aprender c/ vcs", escreveu a pré-candidata Dilma Rousseff em 11 de abril, ao estrear sua conta no Twitter, hoje com 67,4 mil seguidores.

“A internet não é para ganhar o voto, mas para fidelizar e ganhar o discurso”, afirma o deputado federal André Vargas (PR), secretário nacional de Comunicação da sigla.

A pré-campanha de Dilma ganhou uma batalha dessa guerra ao conseguir a consultoria da Blue State Digital, que coordenou a campanha de Obama na internet em 2008.

Sob o comando da agência Pepper Interativa, contratada pelo PT para a campanha digital de Dilma, um software da Blue State permitirá organizar, por níveis de engajamento, os militantes cadastrados.

O programa permite saber, por exemplo, se o internauta abriu e retransmitiu e-mails recebidos. Como na campanha de Obama, os mais ativos receberão tratamento “vip”, sendo chamados, por exemplo, para reuniões de campanha em suas cidades.

Para o front das mídias sociais, o PT recrutou Marcelo Branco, ativista do projeto Software Livre Brasil, que defende o uso liberado de programas de computador, e ex-diretor geral do Campus Party Brasil, maior evento de internet do país.

Membro do partido desde a fundação, em 1980, Branco tem encabeçado eventos nos Estados para organizar a militância virtual petista. Desde 21 de maio, já passou por nove Estados (GO, MT, MS, SP, AP, RR, PA, PR e BA).

“Nossa estratégia é organizar as pessoas para fazer a campanha dentro e fora da rede, estimulando a produção de conteúdos - textos, fotos, opiniões, vídeos e podcasts - vindos dos próprios apoiadores da campanha”, afirma o coordenador.

No início da atuação de Branco, ele opinou pelo Twitter que enxergava na campanha de 45 anos da Rede Globo uma mensagem subliminar em apoio ao pré-candidato do PSDB, José Serra, número 45. A Rede Globo suspendeu a veiculação da campanha e informou que o texto havia sido criado em 2009.

Esse e outros episódios – como a inclusão da foto da atriz Norma Bengell no principal site da pré-campanha, o “Dilma na Web”, em meio à biografia da pré-candidata – levaram a uma redistribuição de tarefas na comunicação da pré-campanha. Branco passou a cuidar exclusivamente das redes sociais, sem interferência sobre o conteúdo de blogs e sites oficiais.

“São ajustes da coordenação de campanha. É natural nesta fase”, afirma André Vargas.



27/05/2010 12h46 - Atualizado em 27/05/2010 12h46
Avanço da internet condiciona campanha de presidenciáveis
Estratégias para captar votos na rede já estão a pleno vapor.
Pré-candidatos se tornam "tuiteiros" e apostam em mídias sociais.

Thiago Guimarães, Maria Angélica Oliveira e Marília Juste Do G1, em São Paulo
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Em plena expansão no Brasil, a internet promete ser uma ferramenta fundamental nas campanhas eleitorais deste ano no país.

Atentos ao potencial de instrumentos como mídias sociais e softwares para arrecadação online, os principais pré-candidatos à Presidência já articulam estratégias para fisgar o eleitor na rede.

E não são poucos votos. Se em 1998 o índice de brasileiros com acesso à internet era inferior a 3% do total de eleitores, hoje há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais (35% da população) com acesso à rede em qualquer ambiente, como casa e trabalho, segundo pesquisa do Ibope Nielsen Online.

Outros números acendem o radar das campanhas. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacionamento.

O uso eleitoral da internet ganhou relevância com a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. Ferramentas como o my.barackobama.com ajudaram a organizar eventos reais e revolucionaram a captação de recursos para a campanha, que atingiu US$ 500 milhões, com 3,2 milhões de doadores.

Tendência que não passou despercebida pelo mundo político. Até então novatos na chamada Web 2.0, por exemplo, os principais pré-candidatos à Presidência se tornaram em pouco tempo “tuiteiros” (usuários do Twitter), adaptando seus discursos ao universo de 140 caracteres do microblog.

PSDB e Serra
“Como vocês dizem, chegando da balada...rs” escreveu no Twitter José Serra, pré-candidato do PSDB, em 28 de abril. Há pouco mais de um ano no microblog, o tucano reúne 238 mil seguidores no site em que comprova a fama de notívago _publicou a mensagem acima, por exemplo, às 4h12 da madrugada.

De olho no número de eleitores conectados – desde seguidores históricos do PSDB até jovens que acabam de tirar o título - a pré-campanha de Serra investe em engajamento na internet. A ideia é fornecer informação, fomentar discussões e formar “embaixadores” da campanha.

À frente de um “núcleo duro” com cerca de dez pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, o publicitário Sérgio Caruso, 41 anos, diz que o principal objetivo é “gerar conversas”. “A internet é mais simples do que as pessoas costumam imaginar”, diz.
Site da pré-campanha do PSDB Site da pré-campanha tucana"Mobiliza PSDB" (Foto: Reprodução)

O principal site mantido pela pré-campanha é o “Mobiliza PSDB”. A página ensina o bê-á-bá da rede para o militante ou simpatizante tucano. Há dicas para o Twitter, blogs, Orkut e Facebook, para divulgar vídeos pelo YouTube e até informações para melhorar o resultado em buscas no Google.

O "Mobiliza PSDB" tem “filhotes” como o “Rede Mobiliza”, que oferece transmissão ao vivo de eventos, programas sobre mobilização e interação com internautas. Apresentadores acompanham eventos ao vivo e conversam com os internautas do estúdio e via redes sociais.
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* PT lança site para receber sugestões de programa de governo
* PSDB prevê 100 mil contribuições com programa de governo via web

Todos os contatos são medidos, de comentários dos internautas ao número de interações. O resultado, diz Caruso, é pura informação qualitativa. “Algumas ferramentas da internet são enquetes ao vivo. Com uma boa leitura, é possível saber o que está interessando e o que vai bombar.”

Outro site criado pela pré-campanha é o “Brasil de Verdade”, no ar desde abril. Sob a ótica do partido e de governos tucanos, reúne dados sobre temas como Bolsa-Família, educação e infraestrutura.
Não é um site que diz 'você não presta'"
Sérgio Caruso
coordenador do PSDB na web

Há textos que comparam dados dos governos FHC e Lula em tópicos como energia elétrica, coleta de lixo e acesso à internet. Outros criticam programas do governo do PT, como um que diz que “o PAC empacou”.

Também na linha “verdades e mentiras”, a pré-campanha conta com a página “Gente que Mente”, criada pelo PSDB. Polêmico, o site foi alvo de representação do PT, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedente a acusação de propaganda eleitoral negativa.

“Não é um site que diz ‘você não presta, você é feio, você é gordo’. Ele diz ‘nós não aceitamos essa mentira’, diz Caruso.

PT e Dilma
Na trincheira da comunicação digital, o PT também mostra suas armas e aposta na fidelização da militância virtual.

"Bom dia, boa tarde, boa noite p/ quem me lê em qquer lugar do mundo. Começo hoje minha aventura no twitter. Quero aprender c/ vcs", escreveu a pré-candidata Dilma Rousseff em 11 de abril, ao estrear sua conta no Twitter, hoje com 67,4 mil seguidores.

“A internet não é para ganhar o voto, mas para fidelizar e ganhar o discurso”, afirma o deputado federal André Vargas (PR), secretário nacional de Comunicação da sigla.

A pré-campanha de Dilma ganhou uma batalha dessa guerra ao conseguir a consultoria da Blue State Digital, que coordenou a campanha de Obama na internet em 2008.

Sob o comando da agência Pepper Interativa, contratada pelo PT para a campanha digital de Dilma, um software da Blue State permitirá organizar, por níveis de engajamento, os militantes cadastrados.

O programa permite saber, por exemplo, se o internauta abriu e retransmitiu e-mails recebidos. Como na campanha de Obama, os mais ativos receberão tratamento “vip”, sendo chamados, por exemplo, para reuniões de campanha em suas cidades.

Para o front das mídias sociais, o PT recrutou Marcelo Branco, ativista do projeto Software Livre Brasil, que defende o uso liberado de programas de computador, e ex-diretor geral do Campus Party Brasil, maior evento de internet do país.

Membro do partido desde a fundação, em 1980, Branco tem encabeçado eventos nos Estados para organizar a militância virtual petista. Desde 21 de maio, já passou por nove Estados (GO, MT, MS, SP, AP, RR, PA, PR e BA).
Encontro do PT em Curitiba para discutir estratégias da campanha presidencial na internetMilitantes do PT em Curitiba discutem
estratégias da campanha na internet
(Foto: Thea Tavares)

“Nossa estratégia é organizar as pessoas para fazer a campanha dentro e fora da rede, estimulando a produção de conteúdos - textos, fotos, opiniões, vídeos e podcasts - vindos dos próprios apoiadores da campanha”, afirma o coordenador.

No início da atuação de Branco, ele opinou pelo Twitter que enxergava na campanha de 45 anos da Rede Globo uma mensagem subliminar em apoio ao pré-candidato do PSDB, José Serra, número 45. A Rede Globo suspendeu a veiculação da campanha e informou que o texto havia sido criado em 2009.

Esse e outros episódios – como a inclusão da foto da atriz Norma Bengell no principal site da pré-campanha, o “Dilma na Web”, em meio à biografia da pré-candidata – levaram a uma redistribuição de tarefas na comunicação da pré-campanha. Branco passou a cuidar exclusivamente das redes sociais, sem interferência sobre o conteúdo de blogs e sites oficiais.

“São ajustes da coordenação de campanha. É natural nesta fase”, afirma André Vargas.

PV e Marina:

Diferentemente de PT e PSDB, o PV da pré-candidata Marina Silva vê na internet um instrumento para atrair novos simpatizantes, e não para mobilizar a militância.

“A idéia geral é mobilizar principalmente quem não é filiado. PT e PSDB querem mobilizar a própria militância e acaba virando um ‘Fla-Flu’”, afirma Fabiano Carnevale, secretário nacional de Comunicação do PV.

O principal espaço da pré-candidata na rede é o “Movimento Marina Silva”, criado em 2007 por ativistas que defendiam à candidatura à Presidência de Marina _que naquele momento ainda integrava o PT e comandava o ministério do Meio Ambiente.

Estruturado como uma rede autogestionada, com fóruns, grupos e notícias publicadas pelos próprios internautas, o site foi suspenso ainda em 2007, a pedido de Marina. Retomou atividades após a saída da senadora do governo e do PT, e diz hoje contar com 17 mil integrantes em todos os Estados brasileiros.

A campanha da pré-candidata mantém ainda um blog e uma conta no Twitter, hoje com 49,8 mil seguidores.

Críticas:

Gil Giardelli, professor de inovação digital na Escola Superior de Propaganda e Marketing, diz desaprovar a forma como os pré-candidatos têm usado a internet.

“A campanha está caminhando para ter profissionais trabalhando para criar embates na internet”, afirma.

Para o especialista, políticos e partidos brasileiros ainda não sabem usar as mídias sociais da melhor maneira.

“Todos estão achando que vão fazer um ‘case’ como o do Obama, e não é assim. Nos EUA a conexão à internet é maior, e o atual presidente tinha presença em 72 redes sociais”, afirma.

Fonte: G1

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