quinta-feira, abril 22, 2010

Viva a revolução digital!


Na postagem anterior: “O quarto poder”, apontei qual seria o verdadeiro quarto poder, e suas conseqüências sociais, porém mostrei somente o problema sem, no entanto, inferir qualquer solução possível; porém ao me depara com um documentário postado no blog: (foguinhofogaovulcao.blogspot.com) , na matéria: “Compartilhar é complicado?Eis a questão!!!”; ,me deparei com uma revolução contra o quarto poder, ou seja, contra as grandes organizações e seus interesses, econômicos, que esta em pleno a ataque em todo mundo, com bilhões de pessoas envolvidas e, tem ganho sistematicamente suas batalhas.
Uma das formas de garantir o poder, sempre foi restringir o acesso da população à informação, esse fato, vem ocorrendo a séculos, utilizando- se de artifícios, como leis de proteção a cópia e divulgação de: livros, filmes, músicas, etc... Para a manutenção do lucro, através da proteção da propriedade intelectual, no ordenamento jurídico brasileiro, esta tanto na constituição como no código civil, assim como no código penal, no que concerne ao direito da personalidade e proteção da privacidade.
Um dos princípios fundamentais, do sistema econômico atual e da política neoliberal, é o da obtenção de um lucro de proporções absurdas, tento como conseqüência, um acúmulo de capital nas mãos de poucos e, como já mencionado na postagem anterior, o interesse desses poucos, prevalece em detrimento do restante da população.
Com o advento da internet, e mais recentemente, com o processo de globalização, esse quarto poder vislumbrou a possibilidade de se utilizar de tais meios como ferramentas de domínio, através do qual propagaria sua ideologia. Vale ressaltar que para vários pensadores de esquerda, ideologia nada mais é que: a tentativa de uma classe dominar a outra.
Porém o tiro saiu pela culatra! Como a rede internacional de computadores não tem computador central e, como todas as máquinas tem importância igual, fica impossível controlar quais informações e o seu conteúdo. Quando se disponibiliza, uma informação na rede, todos tem acesso instantaneamente, e o que para o quarto poder é pior, de maneira completamente gratuita, afastando assim a possibilidade de lucro.
Uma das funções dos meios de comunicação, até o advento da internet, era o controle social, impingindo determinados comportamentos, e por outro lado, observado atentamente o comportamento dos indivíduos e da sociedade.
Para Michel Foucault, seus livros: “Vigiar e Punir” e “A verdade e as formas jurídicas”; o modelo de vigilância social que o sistema utiliza para controle da sociedade é o pan- óptico, de Jeremy Bentham; é um termo utilizado para designar um centro penitenciário, o conceito do desenho permite a um vigilante observar todos os prisioneiros sem que estes possam saber se estão ou não sendo observados. De acordo com o design de Bentham, este seria mais barato que o das prisões de sua época, já que requer menos empregados. O nome aplica-se também a uma torre de observação localizada no pátio central de uma prisão, manicômio, escola, hospital ou fábrica. Aquele que estivesse sobre esta torre poderia observar todos os presos da cadeia (ou os funcionários, loucos, estudantes, etc), tendo-os sob seu controle.
A estrutura da prisão incorpora uma torre de vigilância no centro de um edifício anular que está dividido em celas. Cada uma destas celas compreende uma superfície tal que permite ter duas janelas: uma exterior para que entre a luz e outra interior dirigida para a torre de vigilância. Os ocupantes das celas se encontrariam isolados uns de outros por paredes e sujeitos ao escrutínio coletivo e individual de um vigilante na torre que permaneceria oculto. Para isso, Bentham não só imaginou persianas venezianas nas janelas da torre de observação, mas também conexões labirínticas entre as salas da torre para evitar clarões de luz ou ruído que pudessem delatar a presença de um observador.
O termo é utilizado nas obras de Foucault, para tratar da sociedade disciplinar, e pelos teóricos das novas tecnologias, como Pierre Lévy e Dwight Howard Rheingold, para designar o possível controle exercido pelos novos meios de informação sobre seus usuários.
O problema da internet, é que as tais paredes que separam usuários não existem, as comunicações são feitas lateralmente, impossibilitando a ação do vigia, não havendo um computador central que possa controlar os demais, demolindo assim a torre do pan- óptico e todo o sistema de controle social, vigente até o momento, ficando impossível, nesse caso, a proteção do bem jurídico mais importante para o quarto poder, que é o lucro.
Estamos diante de uma nova ordem mundial, em que temos que reavaliar alguns valores. É humanamente impossível deter a roda da história! As grandes organizações vão ter que achar outra maneira de lucrar, pois os direitos autorais e de copyrights, estão fadados de maneira irreversível a definharem até morte, o controle social pelo modelo, que estava sendo usado, não é mais possível.
As pessoas tem direito de compartilhar toda e qualquer informação, arquivo, música, postagem, ideais, filmes, sendo esse direito fundamental pra construirmos uma sociedade mais justa, com menos guerras e mais aceitação da alteridade.
É por isso que acabo minha postagem com a seguinte frase: Viva a revolução digital!

2 comentários:

  1. Pois é, sem ela era dificil. Mas viviamos bem. Facilitou bastante as nossas vidas essa revolução digital.

    Blog: Cultura Dinâmica - http://culturadinamica.wordpress.com

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