segunda-feira, maio 03, 2010

Polícia militar divulgou laudo inocentando os quatro polícias suspeitos da morte e ocultação do cadáver da engenheira Patrícia.


Diretamente oposto ao laudo da polícia civil, a polícia militar divulgou laudo inocentando os quatro polícias suspeitos da morte e ocultação do cadáver da engenheira Patrícia Amieiro Branco de Franco, 24 anos, em 14 de junho de 2008.
Embora todas as provas apontem para os quatro envolvidos, mas uma vez a polícia militar do Rio de Janeiro mostra todo seu corporativismo, ao afirmar não haver provas contra eles.
As investigações do caso são marcadas por ameaças de morte registradas pelo Disque Denúncia (DD) aos peritos do ICCE e a uma promotora de Justiça. Quarta-feira, a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público Estadual recebeu o DD 6634-42010. Nele, consta que policiais tramariam um atentado à promotora Isabella Pena Lucas, da Auditoria de Justiça Militar.
Há pouco menos de dois meses, Isabella ouviu o depoimento de 12 peritos em um IPM. A investigação tratava também de suposta ameaça de morte de PMs a peritos que atuaram no caso. Os maiores alvos seriam Marcos Luiz Gonçalves e Liu Tsun Yaei. Os depoimentos foram na Justiça Militar porque os peritos, mesmo convocados, não compareceram à PM.
Após os depoimentos, os peritos relataram que foram obrigados a falar sobre os laudos referentes ao sumiço de Patrícia e constrangidos na sala de audiência da Auditoria de Justiça Militar. As denúncias foram feitas à promotora Viviane Tavares Henriques, do 1º Tribunal do Júri. A promotora informou que vai ouví-los sobre o caso, quinta-feira. O Tribunal de Justiça também abriu uma apuração. Nova audiência ocorrerá em 9 de junho.
Em face de todo esse quadro, não é difícil constatar que realmente houve envolvimento dos réus. É vergonhoso em um Estado de direito como Brasil, vejamos nossas autoridades constituídas tentando, descaradamente, encobrir crime praticado por seus próprios membros.
Nossa esperança de justiça reside no fato de que, apesar da conclusão da PM, o processo ainda corre na Justiça. Os policiais Willian Luis do Nascimento e Marcos Paulo Nogueira Maranhão respondem por homicídio e ocultação de cadáver, e Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos, por ocultação, no 1º Tribunal do Júri.
Esse país precisa mostra, de uma vez por todas, que não é uma grande piada, com disse o general De Gaulle, em visita ao Brasil.
Nossas autoridades precisam dar toda proteção aos peritos, promotores e testemunhas envolvidas no caso. A justiça precisa mostrar sua força e, apesar do corporativismo da PM, analisar de maneira técnica e isenta de influencia externa todas as provas já apresentadas, para que possa exercer sua função e restaurar a ordem.

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