sábado, maio 01, 2010

Trabalhadores do Brasil, os verdadeiros heróis dessa nação!


Hoje comemoramos o dia do trabalho, onde festejamos as conquistas dos trabalhadores, que foram marcadas no Brasil por legislações específicas, como a CLT. De maneira diferente a da Europa, onde a legislação trabalhista decorreu, sobretudo, de fontes autônomas (convenções e acordos coletivos de trabalho), no Brasil a produção de tais normas deveu-se às fontes heterônomas (normas jurídicas impostas coercivamente ao indivíduo).
Alguns teóricos apontam que a ideologia eliciadora do direito trabalhista brasileiro, foi a ideologia da outorga, do corporativismo, da absorção, pelo Estado, do Sindicato, e dessa forma poder-se-ia dizer também , que nos foi impingida de maneira artificial; porém essa teoria esconde as lutas trabalhistas no Brasil na primeira metade do século XX, varrendo para debaixo do tapete, todas as greves, e a repressão severa por parte de Estado, a toda tentativa de mudança por parte da classe trabalhadora até então.
Temos a tendência de apontar Getulio Vargas, e Jucelino kubichek, como verdadeiros arautos da melhoria das condições trabalhistas no Brasil, e excluindo desse processo a participação popular, o que é uma inverdade. Mesmo tendo sido essas melhorias feitas de cima para baixo, foram feitas depois de muita luta, de muitas greves, de muitos trabalhadores feridos e mortos na busca de melhores condições. Não se pode dizer que tais lutas tenham sido a causa direta da concepção da CLT – mas que tampouco devem ser desconsideradas por não terem se assemelhado às lutas dos trabalhadores europeus. É preciso aí um esforço para se entender as especificidades das massas trabalhadoras brasileiras ao invés de simplesmente qualificá-las como submissas, desorganizadas ou desprovidas de consciência política.
De todo modo, e a despeito do caráter difuso da industrialização no país, inúmeras foram as greves e manifestações políticas dos trabalhadores brasileiros (e estrangeiros), já existentes bem antes da implantação do Estado Novo e, desde sempre, sistematicamente reprimidas, sobretudo no governo Artur Bernardes (1922-1926).
Dentre os vários movimentos que se pode citar, um dos mais importantes foi a greve geral de 1917, que começou em São Paulo e atingiu Santos, Rio de Janeiro e Curitiba, totalizando mais de 70.000 operários paralisados, que exigiam aumento salarial, jornada de oito horas e regulamentação do trabalho de mulheres e crianças. No Rio de Janeiro, em 1918, houve uma greve que contou com a participação de cerca de 20.000 trabalhadores têxteis. Eles exigiam pagamento semanal, aumento salarial, jornada de oito horas, etc. Em 1919, “São Paulo reaparece como centro das mobilizações, com 64 greves na capital e 14 no interior”, sendo uma das mais importantes a grande paralisação do mês de maio que abrangeu, só na capital, mais de 45.000 trabalhadores. Esses e muitos outros movimentos, duramente reprimidos por patrões que sempre podiam contar com o apoio de forças policiais truculentas, nasciam do descontentamento dos operários com suas condições de vida e trabalho.
Assim quero asseverar que as poucas melhorias que hoje, nós trabalhadores brasileiros temos, não são fruto do trabalho se super homens, ou de deuses políticos, e sim da nossa luta e perseverança.
Nosso povo é um povo heróico, trabalhador e guerreiro!
Com esse pequeno texto quero deixar aqui minha saudação, aos verdadeiros heróis dessa nação, Os trabalhadores do Brasil.

2 comentários:

  1. Olá, Alexandre!

    Você tem toda razão, os verdadeiros heróis deste dia são os trabalhadores, não essas pessoas que tanto ganham às duas custas.

    Abraços

    Francisco Castro

    ResponderExcluir
  2. Olá Alexandre gostei de conhecer o seu blog. O seu link já se encontra no meu blog,
    Abs

    ResponderExcluir

 
 

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