segunda-feira, setembro 13, 2010

P

Depois de um bom tempo sem postar, impossibilitado por questão de trabalho, estou tendo a oportunidade de matar as saudades do meu blog e dos meus leitores, e isso é um enorme prazer.

Vasculhando minhas gavetas, achei um material que tinha escrito há algum tempo, trata-se de um livro de poesias do ano de 2000, era um momento muito delicado da minha vida, estava passando por grandes dificuldades. Foi quando surgiu um esse material, uma poesia ácida, dura, crítica que foi a saída emocional que encontrei para expressar minha indignação com as coisas que estavam acontecendo na época com esse país e com nosso povo. Como o livro nunca chegou a ser publicado, creio que o Res Cogitans seja uma excelente saída para a divulgação dos poemas.

Essa é a primeira postagens de uma série chamada “Poesia Política” espero que gostem!

Aqui vão os dois primeiros poemas:

Jornal das oito

Jornal das oito

Nação brasileira emudece,

Para ouvir o que merece:

Poço antes, às seis

A prece!

Nossa Senhora! Nossa Senhora!

Vê se aparece!

Logo após o jornal das sete:

Governador briga com prefeito tête-a-tête.

Todos dão palpites,

Ninguém se mete.

Jornal das oito.

Horizontes amplos,

Outros povos, outros âmbitos,

Tudo se repete.

A nação presta atenção no que a tela vela e revela,

Ansiosos, embasbacados,

Esperando pela novela.

O poeta moribundo

Primeiro suspiro,

Primeiro passo para a morte;

Entre o tapa do médico

E o golpe de misericórdia

A distancia é de alguns suspiros;

Alguns de amor

Alguns de estafa.

Splef! Mais uma chibatada da vida,

Que nos arrasta e nos convida

Para se o consorte

De uma viúva querida.

Assim a vida decorre.

Gasto poemas,

Vezes tristes, vezes belos,

Que nem sei se irão ao prelo;

Assim falei a verdade,

Assim muitas vezes fingi,

Pois sou poeta moribundo,

Moribundo desde que nasci.

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