sábado, maio 22, 2010

O que estava por traz e, os fundamentos políticos do governo FHC/ Serra!!!


O surgimento do Neoliberalismo e as privatizaes estatais

Muitos louvam a “santa milagrosa economia” inventada por Fernando Henrique Cardoso, e acusam Lula de simples plágio.

Sinto-me no dever civil de esclarecer, o que estava por traz e, os fundamentos políticos do governo FHC.

O capitalismo liberal dominou o mundo desde o iluminismo até a quebra da bolsa de valores de NY. O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente, desencadeando a Quinta-Feira Negra. Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande inflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou na Segunda-feira negra (o dia 28 de outubro) e Terça-feira negra (o dia 29).

Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Holanda, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que tratando-se de uma economia socialista, estava econômica e politicamente fechada para o mundo capitalista.

Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933. Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas conhecidas como New Deal.

Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schacht[1] na Alemanha foram, três anos mais tarde, racionalizadas por Keynes em sua obra clássica.[2]

O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933. A maioria dos países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de então. Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes de extrema-direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos.

O grade provocador da grande depressão foi o modelo capitalista liberal, Muito se fala em Adam Smith como o pai do liberalismo – com base no fato de que, em 1776, ano da Revolução Americana, ele publicou seu clássico A Riqueza das Nações. Mas quase cem anos antes dele, em 1689, John Locke publicou seu não menos clássico Dois Tratados sobre Governo, que havia escrito, ou vinha escrevendo, há vários anos – provavelmente desde que passou a ser Secretário do Duque de Shaftesbury. (Na verdade, mais do que Secretário: consultor, confidente, amigo, tutor e mentor dos netos do Duque – inclusive do famoso Terceiro Duque de Shaftesbury, que veio a influenciar Adam Smith – e David Hume -- com sua teoria dos sentimentos morais).

Adam Smith, é verdade, deu mais atenção ao Liberalismo Econômico – a Economia de Livre Mercado. Mas foi John Locke que fixou as bases do Liberalismo Político que, inquestionavelmente, inclui o Liberalismo Econômico. Que basicamente consistia na intervenção mínima do Estado no mercado econômico, em outras palavras deixem a burguesia fazer o que quer.

Isso deu no que deu inflação, especulação e crise. O New Deal fazia com que o Estado voltasse a intervir, criando reservas do Estado para pode intervir tanto no mercado financeiro como na economia em geral, dando um poder regulador ao Estado. Isso perdurou até os final dos anos 70.

O Neoliberalismo é um modelo que vem sendo adotado a partir dos anos 80, nos países ocidentais e que tem como característica primordial o afastamento do Estado em relação à gestão de diversos setores da economia. Diferencia-se do Liberalismo clássico quanto à circulação internacional de bens e capitais.

O neoliberalismo há a preocupação em se formar blocos econômicos que sob a justificativa de maior facilidade na circulação da produção (e conseqüente barateamento) cria verdadeiras fortalezas protecionistas em torno das economias mais fortes.

Esse tipo de política fortaleceu Estados como a Inglaterra e os Estados Unidos da América, que expandiram seus interesses imperialistas, por conta da crescente dependência mundial destas economias.

No Brasil a previdência social, nos anos 70 até o começo dos anos 80, era o órgão publico com mais dinheiro nesse país. O problema é que com o advento neoliberal, com a intenção de fazer com que o Estado interferisse cada vez menos na economia, uma política de sabotagens foi feita para que tudo o que era público se tornasse privado, assim foi com a saúde, que começou a ser dilapidada em nome dos planos de saúde milionários e assim também foi com a previdência social. Isso tudo não passou de uma estratégia política, para cada vez mais colocar os recursos e poder nas mãos de um poder oligárquico internacional, esse mesmo tipo de sabotagem foi feita com segurança pública, transportes, educação, tudo o que era dever do Estado passou ser dilapidado. Nos anos 90 isso se acentuou em nosso país com a hera dos Fernandinhos (Fernando Collor de Melo e Fernando Henrique Cardoso) Que livraram da mão do Estado quase tudo o que podiam, em favor de interesses particulares. FHC se vendeu completamente a esse tipo de interesse, sendo um pró cônsul do governo Clinton.

A atual crise da Europa esta diretamente relacionada com esse tipo de política internacional, a crise de 2008 também, que foi disparada por mais uma vez quando os Estados perderem o controle sobre seus mercados, dando origem os mesmos danos de 1929: desemprego, inflação, queda e desespero nas bolsas de valores do mundo todo.

Quem sempre pagou mais caro foi a plebe assalariada, que com o desemprego e tendo que pagar tudo aquilo que antes era direito gratuito, foi se tornando cada vez mais miserável.

É esse tipo de política econômica que esta por traz do governo FHC, e certamente será o modelo de governo, caso, José Serra seja nosso próximo presidente.

Diante dessas informações, pensem bem se esse tipo de governo que vocês, meus amigos, querem para nosso país!

3 comentários:

  1. Sempre muito denso e coerente. Um abraço. Segui suas orientações. Veja:
    no diHITT: http://www.dihitt.com.br/barra/trocando-em-miudos--sunshine-award-2
    e no meu blog:
    http://blogdoprofex.blogspot.com/2010/05/trocando-em-mi.html

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  2. Meu caro,
    Seu texto tem baseamento histórico e está correto em tudo que escreveu. Contudo, não considerou o fator militar no Brasil pós-ditadura. Grande parte do interesse de privatizar e "descarregar" a máquina governamental foi para evitar novos e possíveis golpes como o de 64.
    Se Lula mudou tanto a política econômica, como diz ou tenta passar em seu texto, porque não reestatizou as empresas que foram privatizadas? Seria porque, talvez, ele e seu governo concorde que a privatização era necessária para dar estabilidade política?
    A URSS não foi afetada em 1929 porque não fazia parte do mercado. E se conhece bem a história, sabe que os soviéticos, o povo, não viviam nada bem.
    Se o neoliberalismo está ultrapassado, o comunismo está caquético.
    E sim. Lula plagiou a política econômica de FHC. Felizmente.

    Um forte abraço!

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  3. Sempre longo, complexo e interessante. Classifico a gestão do FHC como catastrófica para classe plebéia do Brasil.
    Parabéns. A análise é sensacional.

    Forte abraço.
    Ótimo final de semana.

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