quarta-feira, setembro 29, 2010

Genéricos ameaçados‏






Caros amigos,
Alguns países ricos estão tentando passar um acordo secreto que iria privar milhões de pessoas pobres de remédios genéricos e cortar direitos fundamentais de propriedade intelectual. Não podemos deixar alguns países decidir o destino de bilhões por trás de portas fechadas – assine a petição:


Os governos mais ricos do mundo estão negociando esta semana um acordo secreto que poderá restringir a comercialização de medicamentos genéricos essenciais. Milhões de pessoas pobres dependem destes medicamentos para tratar doenças como a malária e o HIV. Se o acordo for adiante, muitas pessoas não terão mais acesso a remédios de baixo custo, colocando milhões de vidas em risco.

Um dos principais alvos deste tratado é o Brasil, que está sendo intencionalmente excluído do processo, junto com a China e a Índia. O tratado deverá definir regras para vários assuntos como transgênicos, a Internet e medicamentos. Os países responsáveis estão se apressando para fechar um acordo antes que haja uma revolta da opinião pública, mas as notícias sobre o tratado vazaram e a oposição está crescendo.

As nossas vozes podem trazer este absurdo à tona. A pressão popular já conseguiu parar negociações comerciais injustas antes. Agora podemos novamente garantir que nenhum acordo injusto seja assinado em reuniões fechadas. Assine a petição agora por um processo aberto e justiça para medicamentos genéricos – a Avaaz e parceiros irão entregar a petição semana que vem nas negociações em Tóquio. Assine e divulgue:

http://www.avaaz.org/po/acta/?vl

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segunda-feira, setembro 27, 2010

Aikido e a arte da não resistêcia!



Recentemente comecei a praticar uma nova arte marcial, trata-se do aikido. Estava cansado de me quebrar todo com jiu jitso, caratê e com o muay thai. Queria algo mais suave e que também fosse eficiente como defesa pessoal. A muito tempo sou fã do ator americano Steven Seagal, e ao assistir um vídeo com um campeão de vale tudo "Anderson Silva" treinar com Segal em LA, na academia Black House, fiquei convencido da eficiência da arte marcial e fui procurar um dojô para treinar. Me matriculei na Escola Meirelles de aikido em Niterói, comecei a ler muito sobre aikido e treinar intensivamente.

Para minha grande surpresa, me deparei com algo muito maior que uma simples arte marcial, encontrei algo muito mais inspirador que as cenas de ação dos filmes de Segal, encontrei um caminho iluminação e espiritualidade, que tem me transformado dia após dia. Além de estar melhorando o meu preparo físico, esta arte esta me dando ensinamentos que eu posso aplicar em todos os campos da minha vida.

Aikido significa: AI (harmonia), KI (energia vital do universo), e DO (caminho), em uma tradução superficial, Aikido significa: caminho da harmonização das energias e seu princípio básico é de não se opor ao adversário, o que me lembrou muito o um ensinamento bíblico de não resistência ao mal, algo que até então não havia compreendido:
MT 5:39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;

Aikido é a arte de paz, vencer as lutas sem lutar.
Transcrevo então um texto que me ajudou a compreeder este princípio, o texto do Sensei Terry Dobson, chamado: Aikido em ação, que creio que pode acrescentar algo em suas vidas assim com acrescentou na minha.


O Aikido em ação:

O trem avançava sacolejante pelo subúrbio de Tókio naquela tranquila tarde de primavera.
Nosso vagão estava relativamente vazio - apenas agumas donas de casa com seus filhos e agumas pessoas idosas que iam fazer compras.
Em uma estação as portas se abriram e repentinamente a quietude da tarde foi destruída por um tipo que entrou gritando incompreensivelmente palavrões violentos. Era um grandalhão que trajava roupas simples de operário, mas estava sujo e bêbado. Gritando, ele esbarrou em uma mulher que segurava um bebê. O golpe fez com que ela girasse e fosse cair no colo de um casal idoso, mas por milagre o bebê não se feriu.

Aterrorisado, o casal mudou-se para o outro lado do vagão. O trabalhador apontou então um chute para o trazeiro da mulher que se afastava, mas errou enquanto ela atingia uma distância segura. Isto de tal modo enfureceu o bêbado que ele agarrou com força o cano de metal no centro do vagão e tentou arranca-lo de seu lugar. Pude ver que uma de suas mãos estava cortada e sangrando. Fiquei de pé. Eu era muito jovem na época, cerca de vinte anos atrás, estava em excelente forma física. Havia treinado oito horas de aikido quase diáriamente durante três anos. Eu gostava de saltar e lutar. Achava que era durão. O problema é que minha habilidade não havia sido testada em combate real. Como estudante de aikido, não nos era permitido lutar.

"O aikido", meu mestre havia dito muitas vezes, "é a arte da reconciliação. Qualquer um que tenha em mente lutar quebrou sua conexão com o universo. Se você tentar dominar as pessoas, já estará derrotado. Nós estudamos como resolver um conflito, não como começa-lo".
Eu ouvia sua palavras com atenção. Fazia o melhor que podia. Cheguei até mesmo a cruzar a rua para evitar lutar com uma gang de punks que vivia nas redondezas da estação de trem. Minha impaciência me exaltava. Eu me sentia ao mesmo tempo durão e santo. Dentro do meu coração, no entanto, queria uma oportunidade absolutamente legítima de salvar o inocente destruindo o culpado.

É agora! Disse a mim mesmo ao me levantar. As pessoas estão em perigo. Se eu não fizer algo rápido, provavelmente algém vai sair ferido. Ao me levantar, o bêbado percebeu uma chance de focalizar sua raiva. "Aha!" rosnou ele. "Como estrangeiro você precisa de uma lição de boas maneiras japonesas!" Segurei firme no apoio do vagão e lancei a ele um lento olhar de repugnância e desprezo. Meu plano era desmonta-lo, mas ele teria que fazer o primeiro movimento. Queria que ele ficasse maluco de raiva, então enruguei os lábios e joguei-lhe um beijo zombeteiro. "Certo!" Gritou ele. "Você vai ter uma lição". Procurou firmar-se para me atacar. Uma fração de segundo antes que ele pudesse se mover, alguém gritou "Hei!"... Foi ensurdecedor. Ainda me lembro da qualidade estranhamente jovial e cantante daquela voz. Era como se você e um amigo estivessem cuidadosamente procurando alguma coisa e repentinamente ele tropeçasse nela. "Hei!" Virei-me para a esquerda; o bêbado virou-se para a direita. Ambos fixamos o olhar num velhinho japonês, que devia ter uns setenta anos e era bem magrinho. Ali estava ele sentado vestindo seu maculado kimono. Ele não tomou conhecimento da minha presença, mas olhava com encanto para o trabalhador, como se tivesse um importantíssemo, muitíssemo bem vindo segredo para compartilhar. "Vem ca" , disse o velhinho em linguagem simples, acenando para o bêbado. "Vem conversar comigo" e acenou de leve com a mão. O grandalhão acompanhou o gesto como se estivesse preso a um cordão. Plantou seus pés beligerantemente diante do cavalheiro e falou alto encobrindo o braulho das rodas do trem. " Para que devo falar com você?" O bêbado estava agora de costas para mim. Se seu cotovelo se movesse um milímetro eu o teria derrubado.

O velinho continuava a se dirigir ao trabalhador. "O que você estava bebendo?" Peguntou com os olhos brilhando de interesse. " Estive bebendo sakê, gritou de volta o trabalhador, " e não é da sua conta!" Gotículas de saliva caindo sobre o velho. "Oh, isto é maravilhoso!" disse o velho, "eu também adoro sakê. Todas as tardes eue minha mulher (ela tem setenta e seis anos, sabe), nos aquecemos um pequeno frasco se sakê e levamos ao jardim e nos sentamos em um velho banco. Olhamos para o sol e olhamos tambem como esta indo nosso pé de caqui. foi meu avô que plantou aquela árvore e ficamos preocupados se ela consegiurá se recuperar das tempestades de neve que tivemos no inverno passado. Nossa árvore tem, no intanto, ido melhor do que eu esperava, especialmente se levarmos em conta a fraca qualidade do solo. É muito bom observar quando tomamos sakê e quando saímos para aproveitar a tarde- até mesmo quando chove. Ele olhava para o trabalhador com olhos brilhando.

Enquanto lutava para acompanhar a conversa do velho, o semblante do bêbado começou a suvaizar-se. Seus punhos lentamente se soltaram. "Sim",disse "eu adoro caquis também..." Sua voz se arrastou. "Sim", disse o velho sorrindo, "e tenho certeza que você tem uma esposa maravilhosa". "Não" , respondeu o trabalhador. "Minha esposa morreu". Muito lentamentamente, balançando com o movimento do trem, o grandalhão começou a soluçar. "Eu não tenho esposa, não tenho lar , não tenho trabalho. Estou muito envergonhado de mim mesmo". Lágrimas rolavam pelo seu rosto; um tremor de desespero percorreu seu corpo.

Agora era minha vez. Ali, de pé, na minha bem cuidade inocência, minha ideia de justiça: "vamos tornar este mundo seguro para a democracia", de repente me senti mais sujo do que ele. O trem chegou a minha parada. Quando as portas se abriram, ouvi o velho dizendo compassivamente. "Que pena, realmente isto é muito difícil", disse ele, "sente-se aqui e me conte tudo".

Virei a cabeça par um ultimo olhar. O trabalhador estava sentado todo solto sobre o banco, com a cabeça no colo do velho. O velho suavemente tocava nos cabelos sujos e embarçados.
Em quanto o trem partia sentei-me em um banco. O que quiz fazer com os músculos tinha sido realizado com palavras gentis. Eu acabara de ver o aikido testado em combate, e sua essência era o amor. Eu teria que praticar a arte com um espírito completamente diferente. Muito tempo ainda se passaria antes que pudesse falar em resolução de comflitos.





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quarta-feira, setembro 15, 2010

Poeisas políticas, quarta postagem

Continuando a série Poesias Políticas e agradecendo de antemão os votos que tornaram a primeira postagem popular, aqui vão mais dois poemas:





Americanismo:

Soberania americana!
Ouçam a trombenta que já sooou!
I am the king of the world!
E o titanic afundou!
Sociedade falida,
Que olha pasma e
aturdida
As migalhas, que foi tudo que sobrou
De uma ideologia perdida,
Que diz que a América é a grande saída.







Caligrafia

Longe do que eu amo,
Longe do que eu fazia,
Me despeço em agonia,
com o que alguns chamam de poesia.

Versos ocupam espaço
do inverso do que eu queria.
Agora procuro na luz do dia,
embebedar-me em boemia.

Sem samba sem mulata,
O que sou me mata e arrebata.
Não ha tinta, ha sangue
Nesta feia caligrafia.


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terça-feira, setembro 14, 2010

Mais dois poemas da série "Poesias Políticas"


Escrevo porque gosto


Escrevo porque gosto de escrever! Se o que escrevo é poesia ou não,
Não me cabe antever.
Atributo esse de quem decidir-se a ler.

Apenas brinco com palvras,
Palavras versos emoções,
Palavras quase emotivas,
E, mui vez em quando com a razão.

Sem falsa modestia, não demando
Da opinião
Se o que eu escrevo é poesia ou não.

Porém!
Por favor!
Nunca!
Pois o que habita de humano em mim se parte,
nunca digam que on que escrevo não é arte!





Despertador


Vai poesia mansa,
Vai pro raio que parta!
Eis a poesia furacão
Para acoradar a multidão,
Chega de sonolêcia farta.
Esta é uma carta ao portador,
E eu sou a própria carta.
Atentem para o despertador,
Não esses que compram e loja de sucata.
Acordem, pela sua dor,
Ou sejam esmagados como baratas!


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Poesias políticas segunda postagem


Mais dois poemas da serie “Poesias políticas”


Confissão:

Sim eu sou culpado!

Culpado por ter estudado

E me afastado tanto da minha gente.

Sim eu sou culpado!

Culpado por não ter sido amado,

E amado tanto tão inconseqüentemente.

Sim eu sou culpado!

Por ter sido inoculado com o vírus do comput

ador

E globalmente bobalizado.

Sim eu sou culpado!

Culpado por ser inocente

Em um país de corruptos,

Pátria mãe gentil dessa “brava”brasileira gente.



Este poeta



Este poeta é um fingidor,

Filho de um mago doutor;

Porém, do pai, o poder mais valioso que herda

É o poder de ser inteligente e,

Metaforicamente,

Mandar muita gente a merda!


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segunda-feira, setembro 13, 2010

Poesias políticas!


Depois de um bom tempo sem postar, impossibilitado por questão de trabalho, estou tendo a oportunidade de matar as saudades do meu blog e dos meus leitores, e isso é um enorme prazer.

Vasculhando minhas gavetas, achei um material que tinha escrito há algum tempo, trata-se de um livro de poesias do ano de 2000, era um momento muito delicado da minha vida, estava passando por grandes dificuldades. Foi quando surgiu um esse material, uma poesia ácida, dura, crítica que foi a saída emocional que encontrei para expressar minha indignação com as coisas que estavam acontecendo na época com esse país e com nosso povo. Como o livro nunca chegou a ser publicado, creio que o Res Cogitans seja uma excelente saída para a divulgação dos poemas.

Essa é a primeira postagens de uma série chamada “Poesia Política” espero que gostem!

Aqui vão os dois primeiros poemas:


Jornal das oito

Jornal das oito

Nação brasileira emudece,

Para ouvir o que merece:

Pouco antes, às seis

A prece!

Nossa Senhora! Nossa Senhora!

Vê se aparece!

Logo após o jornal das sete:

Governador briga com prefeito tête-à-tête.

Todos dão palpites,

Ninguém se mete.

Jornal das oito.

Horizontes amplos,

Outros povos, outros âmbitos,

Tudo se repete.

A nação presta atenção no que a tela vela e revela,

Ansiosos, embasbacados,

Esperando pela novela.



O poeta moribundo

Primeiro suspiro,

Primeiro passo para a morte;

Entre o tapa do médico

E o golpe de misericórdia

A distancia é de alguns suspiros;

Alguns de amor

Alguns de estafa.

Splef! Mais uma chibatada da vida,

Que nos arrasta e nos convida

Para se o consorte

De uma viúva querida.

Assim a vida decorre.

Gasto poemas,

Vezes tristes, vezes belos,

Que nem sei se irão ao prelo;

Assim falei a verdade,

Assim muitas vezes fingi,

Pois sou poeta moribundo,

Moribundo desde que nasci.

.


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P

Depois de um bom tempo sem postar, impossibilitado por questão de trabalho, estou tendo a oportunidade de matar as saudades do meu blog e dos meus leitores, e isso é um enorme prazer.

Vasculhando minhas gavetas, achei um material que tinha escrito há algum tempo, trata-se de um livro de poesias do ano de 2000, era um momento muito delicado da minha vida, estava passando por grandes dificuldades. Foi quando surgiu um esse material, uma poesia ácida, dura, crítica que foi a saída emocional que encontrei para expressar minha indignação com as coisas que estavam acontecendo na época com esse país e com nosso povo. Como o livro nunca chegou a ser publicado, creio que o Res Cogitans seja uma excelente saída para a divulgação dos poemas.

Essa é a primeira postagens de uma série chamada “Poesia Política” espero que gostem!

Aqui vão os dois primeiros poemas:

Jornal das oito

Jornal das oito

Nação brasileira emudece,

Para ouvir o que merece:

Poço antes, às seis

A prece!

Nossa Senhora! Nossa Senhora!

Vê se aparece!

Logo após o jornal das sete:

Governador briga com prefeito tête-a-tête.

Todos dão palpites,

Ninguém se mete.

Jornal das oito.

Horizontes amplos,

Outros povos, outros âmbitos,

Tudo se repete.

A nação presta atenção no que a tela vela e revela,

Ansiosos, embasbacados,

Esperando pela novela.

O poeta moribundo

Primeiro suspiro,

Primeiro passo para a morte;

Entre o tapa do médico

E o golpe de misericórdia

A distancia é de alguns suspiros;

Alguns de amor

Alguns de estafa.

Splef! Mais uma chibatada da vida,

Que nos arrasta e nos convida

Para se o consorte

De uma viúva querida.

Assim a vida decorre.

Gasto poemas,

Vezes tristes, vezes belos,

Que nem sei se irão ao prelo;

Assim falei a verdade,

Assim muitas vezes fingi,

Pois sou poeta moribundo,

Moribundo desde que nasci.


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segunda-feira, maio 31, 2010

Radar pode ter enganado pilotos do voo 447, dizem especialistas

Reportagem do Fantástico mostrou a opinião de grupo de experts.
Eles analisaram investigações da queda do Airbus A 330, há um ano.





Do G1, com informações do Fantástico

Para eles, o radar do Airbus A330 pode ter levado os pilotos ao erro de entrar em uma tempestade gigantesca como a registrada naquela noite. "Nenhum piloto faria isso, a não ser por engano", disse John Cox, comandante e especialista em segurança de voo.

O acidente até hoje não tem uma explicação definitiva. O avião partiu do Rio de Janeiro na noite de 31 de maio de 2009 rumo a Paris. Sumiu de madrugada, quando sobrevoava o mar. No dia 6 de junho, destroços foram encontrados no Oceano Atlântico. Entre passageiros e tripulação, os mortos chegaram a 228, 59 deles, brasileiros. Equipes de resgate não recuperaram nenhuma das caixas pretas do avião perdidas no fundo do mar, única maneira de ter certeza sobre o que aconteceu.

Um grupo formado por alguns dos maiores especialistas em aviação civil do mundo reuniu as informações disponíveis e apresentou os resultados de uma investigação independente.

Na opinião dos especialistas, os pilotos franceses foram enganados pelo radar. O voo 447 estava de frente para uma gigantesca tempestade tropical de 400 km de largura, mas o radar do Airbus foi bloqueado por uma tempestade menor e os pilotos foram incapazes de enxergar a ameaça que estava por trás. Diversos vôos naquela noite desviaram da tempestade: o 447 fez apenas uma pequena correção de rota. Na frente das nuvens gigantes aparecia uma tempestade pequena.

Participaram das investigações o inglês Tony Cable, veterano nas investigações como a da queda do concorde em Paris e o atentado que derrubou um jumbo da Panair sobre a Escócia; e John Cox, comandante americano especialista em segurança de voo.

Tubos congelados
Às 2h11 da madrugada do acidente, uma mensagem acusou falha geral nos tubos Pitot do Airbus, o que significa que o computador de bordo perdeu seu principal parâmetro, a medição de velocidade.

Tubos Pitot são uma espécie de velocímetro dos aviões. Por garantia, cada avião tem três tubos Pitot. No voo 447, os três falharam.

Para a equipe de investigadores, uma anomalia climática pode ter parado os tubos: a sobrefusão da água, que é quando a temperatura da água é baixa o suficiente para se transformar em gelo mas permanece liquida.

As análises indicam que os tubos Pitot foram atingidos por água em sobrefusão dentro das nuvens e pararam de funcionar. Desde 2003, em 36 ocasiões o fenômeno aconteceu com aviões AirBus. Em 2007, a fabricante recomendou as trocas dos tubos. A Air France estava prestes a substituir o equipamento daquela aeronave.

Diante da emergência, o computador de bordo desligou o piloto automático e os pilotos se viram obrigados a assumir o controle. Um problema: sem os tubos Pitot, eles não sabiam a que velocidade estavam viajando e o que deveriam fazer para que ela fosse suficiente para sustentar o voo.

Em simuladores de voo, os especialistas reproduziram as falhas e, com muita dificuldade, conseguiram manter velocidade e evitar a queda mesmo com a quebra dos três tubos Pitot.

"Mesmo em queda livre seria possível retomar avião, mas seria preciso habilidade de pilotos militares", na opinião de John Cox.

Homenagem e indenizações
Um grupo de familiares das vítimas do voo 447 embarcou no domingo (30) do Rio de Janeiro para Paris. Na terça-feira, os parentes participam de uma homenagem às 228 pessoas que estavam no avião da Air France.

Como esquecer a tragédia e recomeçar a vida? Neste momento, ainda é impossível, dizem os familiares. “Estou tentando preparar a minha filha, tentando preparar a minha família porque ele não vai voltar”, diz Lenita, que perdeu o marido.



"O luto das pessoas simplesmente não fecha enquanto não se descobrir o que houve”, comenta a irmã de Adriana, Maarteen Van Sluys.

Em março, a Justiça do Rio de Janeiro condenou a Air France a pagar indenização de R$ 2,4 milhões à família de uma das vítimas. A empresa recorreu da decisão.

A maioria das famílias brasileiras entrou com pedidos de indenização nos Estados Unidos.
As ações são contra a Air France e contra 19 fabricantes americanos de peças e de equipamentos usados no avião que caiu no mar.

“É mais rápido e muito mais justo. Porque lá se trata a vida realmente no seu devido valor”, compara Nelson Faria Marinho.

De Paris, Nelson Marinho Filho, aos 40 anos, iria para Angola, trabalhar em uma plataforma de petróleo como mecânico. Em homenagem a ele, o irmão fez um poema.

“O principal é sabermos da verdade. Amanhã qualquer um de nós pode estar em um avião desses”, diz Nelson Faria Marinho.

De Miami, pela internet, falamos com o advogado americano contratado por parentes das vítimas. Ele não quis revelar o valor das indenizações mas disse que o julgamento dos pedidos deve começar em no máximo nove meses.

Em nota, a assessoria da Air France no Brasil diz que a empresa presta assistência psicológica, mediante avaliações periódicas, que indenizou algumas famílias no Brasil e que segue empenhada para acelerar as indenizações.

Fonte: G1

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Citações: (Carlos Drummond de Andrade)








Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha, sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e, sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.


Citações:

“A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.”

“Adão, o primeiro espoliado - e no próprio corpo.”

“As academias coroam com igual zelo o talento e a ausência dele.”

“Cada geração de computadores desmoraliza as antecedentes e seus criadores.”

“Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.”

“Há homens e mulheres que fazem do casamento uma oportunidade de adultério.”

“No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.”

“O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.”

“O homem vangloria-se de ter imitado o vôo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam.”

“Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.”

“Quem gosta de escrever cartas para os jornais não deve ter namorada.”

“Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.”

“Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.”

“Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes”

“Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer.”

“Os homens são como as moedas; devemos tomá-los pelo seu valor, seja qual for o seu cunho.”

“Como as plantas a amizade não deve ser muito nem pouco regada.”

“Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.”

“Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.”

“Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante.”

“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.”
“A educação para o sofrimento evitaria senti-lo, em relação a casos que não o merecem.”
“Para a virtude da discrição, ou de modo geral qualquer virtude, aparecer em seu fulgor, é necessário que faltemos à sua prática.”
“A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.”
Carlos Drummond de Andrade

Citações: (Carlos Drummond de Andrade)


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domingo, maio 30, 2010

Compreenda a origem da rivalidade entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul.



O professor de história do cursinho pH, Igor Vieira, dá uma aula sobre a rivalidade entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, iniciada na 2ª Guerra Mundial.

Vieira explica que o Japão invadiu a península da Coreia e houve uma mobilização para que eles fossem expulsos. Em 1945, com a presença das bombas atômicas, o Japão se rendeu.

Durante a negociação de paz no pós-guerra, o professor afirma que foi acordado entre as potências vencedoras que a Coreia ficaria dividida.

A Coreia do Norte ficou sob a tutela da União Soviética, onde vigorava o modelo socialista. Na Coreia do Sul havia o sistema capitalista e o domínio dos Estados Unidos.

Confira a aula completa em vídeo.



Fonte: G1

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Veja os melhores momentos da festa de reabertura do Theatro Municipal do Rio




O evento foi só para convidados. O presidente Lula marcou presença. Representantes das empresas que patrocinaram a restauração foram homenageados. Confira como ficou o teatro depois da reforma.

Fonte: G1

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sábado, maio 29, 2010

Dilma rechaça declarações de Serra sobre a Bolívia




EVANDRO FADEL - Agência Estado

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, insistiu hoje, em Chapecó, no oeste de Santa Catarina, que não é atitude de estadista atribuir responsabilidade ao governo boliviano pela produção e pelo tráfico de cocaína. "Um estadista não faz isso", afirmou ela, no 2º Encontro Nacional de Habitação da Agricultura Familiar. "Incriminar um governo é diferente de dizer que da Bolívia vem droga."

O pré-candidato do PSDB, José Serra, afirmou esta semana que o governo boliviano poderia ser "cúmplice" no tráfico de droga e, ontem, ressaltou que estava se referindo à quantidade de entorpecentes que vem do país vizinho e que não via nenhuma atitude da Bolívia para contê-lo. De acordo com Dilma, a Polícia Federal (PF) e o Ministério da Justiça estão colaborando "intensamente" com a Bolívia.

A petista contou ter conversado ontem com o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, que a informou sobre uma atuação conjunta que culminou com o fechamento de uma fábrica de cocaína, o que há muito tempo não acontecia na Bolívia. "É preciso que haja conversa entre os ministérios da Justiça", disse. "É prudente não atribuir, sem informações e provas, responsabilidades ao governo boliviano. Não é papel de um estadista fazer isso."

DEM

A pré-candidata se recusou a comentar a propaganda do DEM que foi ao ar ontem durante horário eleitoral gratuito. "Não vou fazer comentário sobre o programa de televisão porque não é do meu feitio", justificou-se. O DEM dedicou seu programa partidário inteiramente ao pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Pouco antes de chegar ao pavilhão, onde os agricultores estavam reunidos, Dilma concedeu entrevista à Rádio Super Condá, em que criticou Serra, citando-o como aquele que "provavelmente será meu adversário" por, na condição de ministro do Planejamento do governo Fernando Henrique Cardoso, não ter feito superávit primário. "Nós jamais fizemos déficit em oito anos de governo", disse.

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sexta-feira, maio 28, 2010

Carta a Lula não era 'instrução' sobre o Irã, dizem EUA

Autoridades ouvidas pelo Jornal Nacional comentaram mensagem enviada.
Segundo elas, não houve autorização para negociação com Teerã.





Fernando Castro Da TV Globo, no Rio

Funcionários graduados do governo americano disseram nesta sexta-feira (28), ao Jornal Nacional, que a carta enviada pelo presidente Barack Obama ao presidente Lula antes do acordo negociado em Teerã por Brasil e Turquia não se tratava de uma "instrução ao governo brasileiro".



Segundo eles, a carta apenas explicava, de modo geral, o posicionamento dos Estados Unidos em relação ao Irã, mas não detalhava uma série de preocupações do governo americano em relação ao programa nuclear iraniano -- preocupações que foram, de acordo com eles, informadas ao Brasil em outras ocasiões. As autoridades americanas afirmaram que, em nenhum momento, autorizaram o governo brasileiro a negociar em nome dos Estados Unidos.

Entre as preocupações que não foram muito detalhadas na carta estaria o fato de o Irã ter aumentado bastante o seu estoque de urânio desde setembro do ano passado, quando o país se recusou a assinar o primeiro acordo proposto pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que previa o envio de material para a França ou a Rússia, onde seria enriquecido.

Outra preocupação que também não foi mencionada especificamente no documento diz respeito ao fato de o Irã ter anunciado ao mundo, em fevereiro, que o país estava enriquecendo urânio a 20%, o que, segundo especialistas, deixa o país mais perto da tecnologia necessária para a fabricação de armas nucleares.

Os funcionários do alto escalão do governo americano ainda mencionaram a revelação, feita no ano passado, de que o Irã estava construindo uma usina nuclear secreta, embaixo de uma montanha, ao lado de uma instalação militar.

Segundo eles, todas essas questões "preocupantes" foram claramente informadas ao governo brasileiro em diversas ocasiões, por outros meios que não esta carta específica, inclusive numa reunião com a embaixadora do Brasil nas Nações Unidas.

Cópias de relatórios

Um dos funcionários chegou a afirmar que o Brasil e a Turquia receberam cópias de relatórios do serviço de inteligência americano sobre as pretensões nucleares do Irã e que, portanto, a carta enviada ao presidente Lula era apenas parte de uma série de contatos diretos entre representantes brasileiros e americanos.

O governo americano tem declarado que o Irã está desrespeitando três determinações das Nações Unidas, que proíbem o país de continuar enriquecendo urânio em suas usinas.

Por conta disso, os iranianos teriam conseguido dobrar o seu estoque de urânio. Os Estados Unidos afirmam que, hoje, mesmo que o Irã mande 1.200 kg de urânio para serem enriquecidos na Turquia, como prevê o acordo negociado pelo Brasil, o governo iraniano ainda teria material bruto para fabricar, pelo menos, uma bomba atômica.

O governo iraniano tem afirmado, repetidas vezes, que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos.

Escalada de declarações

Nos últimos dias, o acordo tem gerado uma escalada de declarações conflitantes entre o governo do Brasil e o dos EUA. A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse na quinta-feira (27) que a ação diplomática com o Irã deixou o mundo menos seguro e apontou "discordâncias muito sérias" com o governo brasileiro.

Também na quinta, em encontro com o premiê turco, Tayyip Erdogan, Lula afirmou que 'isolamento e punição não levam ao entendimento', em uma crítica ao tratamento dado pelos EUA ao Irã e à tentativa americana de impor novas sanções a Teerã no Conselho de Segurança da ONU.

Os funcionários do governo americano ouvidos pelo Jornal Nacional disseram que reconhecem o que chamaram de "esforços sinceros" do Brasil e da Turquia na área diplomática, mas declararam que o Irã só assinou o acordo para ganhar tempo e evitar as sanções. A proposta foi apresentada pelos Estados Unidos, com o apoio da França, do Reino Unido, da Rússia, da China e da Alemanha.

Ao serem questionadas se defendem ou não o acordo de Teerã, as autoridades americanas responderam que acreditam no que chamaram de "diplomacia de duas vias". Segundo eles, o Irã pode, sim, mandar urânio para ser enriquecido na Turquia, como prevê o acordo negociado pelo Brasil, mas também deve parar, imediatamente, de enriquecer urânio em seu território, como querem os Estados Unidos e outras potências ocidentais.

Fontes: G1

Jornal nacional



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'Vamos fazer inveja no Serra', diz Lula a Evo

Presidentes participaram do 3.º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.
Nesta semana, tucano disse que Bolívia é cúmplice do tráfico de drogas.




Em momento de descontração logo após a foto oficial de chefes de Estado no 3.º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no saguão do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu abraçado ao boliviano Evo Morales e fez piada com o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que, na quarta-feira, afirmara que o governo da Bolívia "é cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil.

"Vamos posar aqui; vamos fazer inveja no Serra", disse Lula ao colega, rindo bastante, em frente aos fotógrafos. De mãos dadas como presidente do Brasil, Evo também riu, mas não comentou a declaração.

Pouco depois, a entrevista coletiva de Morales, que estava agendada para as 16h desta sexta-feira (28), foi cancelada. A jornalistas, o boliviano se recusou a responder a perguntas e deu um palpite sobre a Copa do Mundo: "O Brasil será campeão." O governo da Bolívia divulgou nota para rebater as declarações do tucano.

Antes, em discurso na reunião plenária de cúpula, no início da tarde, Morales foi muito aplaudido: "Precisamos salvar a humanidade e a natureza do capitalismo", defendeu. Para ele, criou-se uma "anticivilização" em que tudo vira mercadoria. "Essa anticivilização está levando à destruição do planeta", discursou. O presidente boliviano comparou a colonização da América a um "genocídio" e afirmou que a riqueza de civilizações europeias foi construída à custa de "sangue e ouro do nosso continente".

"Uma civilização não se faz com guerras, balas e bases militares. Não haverá paz enquanto não tiver justiça social."

Fonte: G1

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Citações: (Montesquieu)







Charles-Louis de Secondat, ou simplesmente Charles de Montesquieu, senhor de La Brède ou barão de Montesquieu (castelo de La Brède, próximo a Bordéus, 18 de Janeiro de 1689 — Paris, 10 de Fevereiro de 1755), foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais.
Aristocrata, filho de família nobre, nasceu no dia 18 de Janeiro de 1689 e cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista decadente, bem como do clero católico. Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boêmia literária. Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordéus, que presidiu de 1716 a 1726. Fez longas viagens pela Europa e, de 1729 a 1731, esteve na Inglaterra.
Proficiente escritor, concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu também para a célebre Enciclopédia, juntamente com Diderot e D'Alembert..
Morreu em Paris, no dia 10 de Fevereiro de 1755.

Citações:

“Nas mulheres jovens, a beleza supre o espírito. Nas velhas, o espírito supre a beleza.”

“Todos os maridos são feios.”

“As leis, no sentido mais amplo, são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.”

“Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte.”

“As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo de preconceitos do próprio país e não nos sentimos dispostos a assumir aqueles dos estrangeiros.”

“Num Estado, isto é, numa sociedade onde há leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer-se o que se deve querer e em não estar obrigado a fazer o que não se deve querer.”

“Quando se corre atrás do espírito, apanha-se a tolice.”

“Quanto menos os homens pensam, mais eles falam.”

“Correndo em busca do prazer, tropeça-se com a dor.”

“Toda a grandeza, toda a força, todo o poder é relativo. É necessário ter bem presente que, ao procurar aumentar a grandeza real, se não diminua o verdadeiro poder.”

Charles de Montesquieu.


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Citações: (Rousseau)







Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, dois de Julho de 1778) foi um filósofo genebrino, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo.
Ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem, Rousseau inspirou todos os movimentos que visavam uma busca pela liberdade. Incluem-se aí as Revoluções Liberais, o Marxismo, o Anarquismo etc.
Sua influência se faz sentir em nomes da literatura como Tolstoi e Thoreau, influencia também movimentos de Ecologia Profunda, já que era adepto da proximidade com a natureza e afirmava que os problemas do homem decorriam dos males que a sociedade havia criado e não existiam no estado selvagem. Foi um dos grandes pensadores nos quais a Revolução Francesa se baseou, apesar de esta se apropriar erroneamente de muitas de suas ideias.
A filosofia política de Rousseau é inserida na perspectiva dita contratualista de filósofos britânicos dos séculos XVII e XVIII, e seu famoso Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens pode ser facilmente entendido como um diálogo com a obra de Thomas Hobbes.


Citações:

“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.”

“É, sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar.”

“A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.”

“A espécie de felicidade de que preciso não é fazer o que quero, mas não fazer o que não quero.”

“A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada.”

“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que de discípulos; é preciso ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.”

“Os homens dizem que a vida é curta, e eu vejo que eles se esforçam para a tornar assim.”

“Amo-me a mim próprio demasiado para poder odiar seja o que for.”

“Quanto mais do mundo vi, menos pude moldar-me à sua maneira.”

“Sempre notei que as pessoas falsas são sóbrias, e a grande moderação à mesa geralmente anuncia costumes dissimulados e almas duplas.”


“Não há nada que esteja menos sob o nosso domínio que o coração, e, longe de podermos comandá-lo, somos forçados a obedecer-lhe.”

“O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado.”

“Só se é curioso na proporção de quanto se é instruído.”

“Sou escravo pelos meus vícios e livre pelos meus remorsos.”

“O que viveu mais não é aquele que viveu até uma idade avançada, mas aquele que mais sentiu na vida.”

“A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui.”

“A espécie de felicidade que me falta, não é tanto fazer o que quero mas não fazer o que não quero.”

“Conheço muito bem os homens para ignorar que muitas vezes o ofendido perdoa, mas o ofensor não perdoa jamais.”

“Prefiro ser um homem de paradoxos que um homem de preconceitos.”

“Caminhar com bom tempo, numa terra bonita, sem pressa, e ter por fim da caminhada um objetivo agradável: eis, de todas as maneiras de viver, aquela que mais me agrada.”

Jean Jacques Rousseau


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SALVE O CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO



Caros amigos,


Próxima terça-feira dia 1 de junho nossas florestas irão sofrer um ataque perigoso – deputados da “bancada ruralista” estão tentando destruir o nosso Código Florestal, buscando reduzir dramaticamente as áreas protegidas, incentivando o desmatamento e crimes ambientais.

O que é mais revoltante, é que os responsáveis por revisar essa importante lei são justamente os ruralistas representantes do grande agronegócio. É como deixar a raposa cuidando do galinheiro!

Há um verdadeiro risco da Câmara aprovar a proposta ruralista – mas existem também alguns deputados que defendem o Código e outros estão indecisos. Nos próximos dias, uma mobilização massiva contra tentativas de alterar o Código, pode ganhar o apoio dos indecisos. Vamos mostrar que nós brasileiros estamos comprometidos com a proteção ambiental – clique abaixo para assinar a petição em defesa do Código Florestal:

http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl


Enquanto o mundo todo defende a proteção do meio ambiente, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: entregando de mão beijada as nossas florestas para os maiores responsáveis pelo desmatamento do Cerrado e da Amazônia. Eles querem simplesmente garantir a expansão dos latifúndios, quando na verdade uma revisão do Código deveria fortalecer as proteções ao meio ambiente e apoiar pequenos produtores.

As propostas absurdas incluem:

* Reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%
* Reduzir as Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro:
* Anistia aos crimes ambientais, sem exigir o reflorestamento da área
* Transferir a legislação ambiental para o nível estatal, removendo o controle federal

Essa não é uma escolha entre ambientalismo e desenvolvimento econômico, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia.

A proteção das floretas e comunidades rurais dependem do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo. Assine a petição para salvar o Código Florestal e depois divulgue!

http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl

Juntos nós aprovamos a Ficha Limpa na Câmara e no Senado. Se agirmos juntos novamente pelas nossas florestas nós podemos fazer do Brasil um modelo internacional de desenvolvimento aliado à preservação.

Com esperança,

Graziela, Alice, Paul, Luis, Ricken, Pascal, Iain and the entire Avaaz team

Saiba mais:

País tem 100 mi de hectares sem proteção - Estado de São Paulo:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100505/not_imp547054,0.php


Estudos ressaltam importância ambiental do Código Florestal - WWF:
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?24940/Estudos-ressaltam-importancia-ambiental-do-Codigo-Florestal

Para ambientalistas, relatório de Rebelo é genérico e equivocado :
http://www.portaldomeioambiente.org.br/legislacao-a-direito/codigo-florestal-brasileiro/4110-para-ambientalistas-relatorio-de-rebelo-e-generico-e-equivocado.html




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Os presidentes do Brasil:(Eurico Gaspar Dutra)




Hoje na série os presidentes do Brasil, Eurico Gaspar Dutra:


Eurico Gaspar Dutra (Cuiabá, 18 de maio de 1883 — Rio de Janeiro, 11 de junho de 1974) foi um militar brasileiro e décimo sexto Presidente do Brasil e único presidente do Brasil oriundo do Mato Grosso.
Dutra tinha um problema de dicção onde trocava a letra c pela letra x.

Em 1902, Dutra ingressou na Escola Preparatória e Tática do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, e, depois, na Escola Militar de Realengo e na Escola de Guerra de Porto Alegre.
Em 1922 formou-se na Escola de Estado-Maior. Dutra não participou da Revolução de 1930, estando, na época, no Rio de Janeiro, tendo defendido a ambiguade frente à Revolução de 1930.
Em 1935 comandou a repressão à Intentona Comunista nas cidades do Rio de Janeiro, Natal e Recife, uma das primeiras, da I Região Militar, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o nomearia ministro da Guerra, atual comandante do Exército Brasileiro, em 5 de dezembro de 1936.
Nesse posto, cumpriu papel decisivo, junto com Getúlio Vargas e com o general Góis Monteiro, na conspiração e na instauração da ditadura do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937. Permaneceu como ministro da Guerra até ser expulso para disputar a eleição presidencial de 1945.
Após a Segunda Guerra Mundial, pregou a redemocratização do país. Sendo novamente expulso do ministério em 3 de agosto de 1945, e participando a seguir, embora não muito intensamente, da deposição de Getúlio Vargas em outubro de 1945. Paradoxalmente o líder deposto anunciou seu apoio à candidatura de Dutra à presidência da República nas eleições que se seguiriam.
Dutra candidatou-se pelo Partido Social Democrático (PSD), em coligação com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e venceu as eleições de 2 de dezembro de 1945, com 3.351.507 votos, superando Eduardo Gomes da União Democrática Nacional e Iedo Fiúza do Partido Comunista Brasileiro. Para vice-presidente, a escolha recaiu sobre o político catarinense Nereu Ramos, também do PSD, eleito pela Assembléia Nacional Constituinte de 1946. Quando Dutra foi eleito presidente, ainda estava em vigência a constituição de 1937, que não previa a figura do vice-presidente).
Dutra assumiu o governo em 31 de janeiro de 1946, juntamente com a abertura dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, em clima da mais ampla liberdade. O pacto constitucional surgiu do entendimento dos grandes partidos do centro liberal, o PSD e a UDN, embora ali tivessem assento atuantes bancadas de esquerda, como as do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e PTB. Dutra não interferiu nas decisões, mesmo quando teve seu mandato reduzido de seis para cinco anos, pois fora eleito na vigência da Constituição de 1937 que previra mandato de 6 anos. O quinquênio presidencial, que começara com a proibição do jogo no Brasil (abril de 1946), entraria no ano de 1948 em sua fase mais característica, marcada pelo acórdão do Tribunal Superior Eleitoral que considerou fora da lei o PCB (1947) e depois pela ruptura de relações com a União Soviética (1948).
A política financeira de Dutra foi criticada pela má utilização das divisas acumuladas no curso da guerra. Na política externa, reforçou-se a aliança com os Estados Unidos. Eurico Gaspar Dutra deixou o governo em 31 de janeiro de 1951.
O governo avaliou mal a situação das reservas. Em 1946, metade das reservas era considerada estratégica, estava em ouro. A outra metade (US$ 235 milhões estava em libras esterlinas bloqueadas) e apenas US$ 92 milhões eram realmente líquidos e utilizáveis em países com moedas conversíveis. Uma dos origens do problema: Brasil tinha superávit com área de moedas inconversíveis e déficits com EUA e outros países de moeda forte. Também, no pós-guerra não houve afluxo de capitais públicos ou privados para o Brasil, que não era prioridade no novo contexto global.
1. A taxa de câmbio sobrevalorizada, ao desestimular a oferta do produto, poderia ser usada para sustentar os preços internacionais do café.
2. O governo temia que alterações no câmbio aumentassem a inflação doméstica.
3. 40% das exportações eram para as áreas de moedas inconversíveis, enquanto o café representava mais de 70% das exportações para as áreas de moedas conversíveis, então superávits comerciais adicionais na área inconversível apenas pressionariam a base monetária.

De caráter desenvolvimentista, Eurico Dutra reuniu sugestões de vários ministérios e deu prioridade a quatro áreas: Saúde, Alimentação, Transporte e Energia (cujas iniciais formam a sigla SALTE). Os recursos para a execução do Plano SALTE seriam provenientes da Receita Federal e de empréstimos externos. Entretanto, a resistência da coalizão conservadora e a ortodoxia da equipe econômica acabaram por inviabilizar o plano, que praticamente não saiu do papel.
O governo de Dutra iniciou a construção e inaugurou a ligação rodoviária do Rio de Janeiro a São Paulo, pavimentada, a BR-2, atual Rodovia Presidente Dutra, duplicada em 1967, e uma das mais importantes do país.
Foi com o plano SALTE também, que Dutra abriu a rodovia Rio de Janeiro - Bahia e instalou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF)
Foi durante sua gestão na Presidência da República que surgiram o Conselho Nacional de Economia, as Comissões de Planejamento Regional e o Tribunal Federal de Recursos. Em seu governo foi elaborado o Estatuto do Petróleo, a partir do qual tiveram início a construção das primeiras refinarias e a aquisição dos primeiros navios petroleiros. A administração Dutra pôs em funcionamento a Hidrelétrica de Paulo Afonso.
Durante seu governo foram extintos os territórios federais de Ponta Porã e Iguaçu. Visitou os EUA, em 1950, sendo o segundo presidente brasileiro a fazer esta visita, o primeiro fora Júlio Prestes.
Uma de suas medidas mais polêmicas foi certamente a proibição dos jogos de azar no Brasil, em 30 de abril de 1946.
Em 18 de setembro de 1950, foi inaugurada a TV Tupi, a primeira emissora de televisão do Brasil. Entre 24 de junho e 16 de julho daquele ano, o Brasil sediou a Copa do Mundo, em cuja partida final a equipe do Uruguai derrotou o Brasil dentro do Estádio do Maracanã e levantou o título de campeão mundial de futebol.

Ministros do Governo Dutra:

Aeronáutica: tenente-brigadeiro Armando Figueira Trompowsky de Almeida;
Agricultura: Manuel Neto Campelo Júnior, Daniel Serapião de Carvalho, Antônio Novais Filho;
Educação e Saúde Pública: Ernesto de Sousa Campos, Clemente Mariani Bittencourt, Eduardo Rios Filho (interino), Pedro Calmon Moniz de Bittencourt;
Fazenda: Gastão da Costa Vidigal, Onaldo Brancante Machado (interino), Pedro Luís Correia e Castro, Oscar Santa Maria Pereira (interino), José Vieira Machado (interino), Ovídio Xavier de Abreu (interino), Manuel Guilherme da Silveira Filho;
Guerra: general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, general Canrobert Pereira da Costa, general Newton de Andrade Cavalcanti, vice-almirante José Maria Neiva (interino);
Justiça e Negócios do Interior: Carlos Coimbra da Luz, Benedito Costa Neto, Adroaldo Mesquita da Costa, Honório Fernandes Monteiro (interino), Adroaldo Tourinho Junqueira Aires (interino), José Francisco Bias Fortes;
Marinha: almirante Jorge Dodsworth Martins, almirante Sílvio Mascarenhas, almirante Lara de Almeida (interino), almirante Sílvio de Noronha;
Relações Exteriores: João Neves da Fontoura, Samuel de Sousa Leão Gracie (interino), Raul Fernandes (interino), Hildebrando Pompeu Pinto Acioli (interino), Ciro de Freitas Vale (interino);
Trabalho, Comércio e Indústria: Otacílio Negrão de Lima, Francisco Vieira de Alencar (interino), Morvan Dias de Figueiredo, João Otaviano de Lima Pereira, Honório Fernandes Monteiro, Cândido Mota Filho (interino), Marcial Dias Pequeno;
Viação e Obras Públicas: Edmundo de Macedo Soares e Silva, Luís Augusto da Silva Vieira (interino), Clóvis Pestana, João Valdetaro do Amorim e Melo.

Depois da presidência:

Deixou a presidência em janeiro de 1951, mas continuou a participar da vida política brasileira. Fez um pronunciamento importante em 1964, contra o governo João Goulart que teve ampla repercussão entre os militares. Em 1964, logo após o golpe militar contra João Goulart, tentou voltar à presidência, mas já estava por demais afastado do grupo militar dominante, sendo preterido por Humberto de Alencar Castelo Branco.


Bibliografia:
CAÓ, José, Dutra, o Presidente e a Restauração Democrática, Editora Progresso, 1949.
FREIXINHO, Nilton, Instituições Em Crise: Dutra e Góes Monteiro, Editora Bibliex, 1997.
KOIFMAN, Fábio, Organizador - Presidentes do Brasil, Editora Rio, 2001.
LEITE, Mauro Renault e NOVELLI JÚNIOR, Marechal Eurico Gaspar Dutra: o Dever da Verdade, Editora Nova Fronteira, 1983.
MOURÃO, Milcíades M, Dutra - História de um Governo, Editora José Olímpio, 1955.
NASSER, David, Para Dutra Ler na Cama, Editora O Cruzeiro, 1947.
OLIVEIRA, José Teixeira, O Governo Dutra, Editora Civilização Brasileira, 1956.
SILVA, Hélio, Eurico Gaspar Dutra - 16º Presidente do Brasil, Editora Três, 1983.
VALE, Osvaldo Trigueiro do, O General Dutra, Editora Civilização Brasileira, 1978.

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Citações: (Fernando Pessoa)






Biografia Fernando Pessoa:


Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa, aí morreu em 1935, e poucas vezes deixou a cidade em adulto, mas passou nove anos da sua infância em Durban, na colônia britânica da África do Sul, onde o seu padrasto era o cônsul Português. Pessoa, que tinha cinco anos quando o seu pai morreu de tuberculose, tornou-se num rapaz tímido e cheio de imaginação, e num estudante brilhante.

Pouco depois de completar 17 anos, voltou para Lisboa para entrar na universidade, que cedo abandonou, preferindo estudar por sua própria conta, na Biblioteca Nacional, onde leu sistematicamente os grandes clássicos da filosofia, da história, da sociologia e da literatura (portuguesa em particular) a fim de completar e expandir a educação tradicional inglesa que recebera na África do Sul. A sua produção de poesia e de prosa em Inglês foi intensa, durante este período, e por volta de 1910, já escrevia também muito em Português. Publicou o seu primeiro ensaio de crítica literária em 1912, o primeiro texto de prosa criativa (um trecho do Livro do Desassossego) em 1913, e os primeiros poemas em 1914.

Vivendo por vezes com parentes, outras vezes em quartos alugados, Pessoa ganhava a vida fazendo traduções ocasionais e redação de cartas em inglês e francês para firmas portuguesas com negócios no estrangeiro. Embora solitário por natureza, com uma vida social limitada e quase sem vida amorosa, foi um líder ativo do movimento Modernista em Portugal, na década de 10, e ele próprio inventou vários movimentos, incluindo um "Interseccionismo" de inspiração cubista e um estridente e semi-futurista

Pessoa manteve-se afastado das luzes da ribalta, exercendo a sua influência, todavia, através da escrita e das tertúlias com algumas das mais notáveis figuras literárias portuguesas. Respeitado em Lisboa como intelectual e como poeta, publicou regularmente o seu trabalho em revistas, boa parte das quais ajudou a fundar e a dirigir, mas o seu gênio literário só foi plenamente reconhecido após a sua morte. No entanto, Pessoa estava convicto do próprio gênio, e vivia em função da sua escrita. Embora não tivesse pressa em publicar, tinha planos grandiosos para edições da sua obra completa em Português e Inglês e, ao que parece, guardou a quase totalidade daquilo que escreveu.

Em 1920, a mãe de Pessoa, após a morte do segundo marido, deixou a África do Sul de regresso a Lisboa. Pessoa alugou um andar para a família reunida - ele, a mãe, a meia irmã e os dois meios irmãos - na Rua Coelho da Rocha, nº 16, naquela que é hoje a Casa Fernando Pessoa. Foi aí que Pessoa passou os últimos 15 anos da sua vida - na companhia da mãe até à morte desta, em 1925, e depois com a meia irmã, o cunhado e os dois filhos do casal (os meios irmãos de Pessoa emigraram para a Inglaterra).

Familiares de Pessoa descreveram-no como afetuoso e bem humorado, mas firmemente reservado. Ninguém fazia idéia de quão imenso e variado era o universo literário acumulado no grande baú onde ele ia guardando os seus escritos ao longo dos anos.

O conteúdo desse baú - que hoje constitui o Espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa - compreende os originais de mais de 25 mil folhas com poesia, prosa, peças de teatro, filosofia, crítica, traduções, teoria lingüística, textos políticos, horóscopos e outros textos sortidos, tanto dactilografados como escritos ou rabiscados ilegivelmente à mão, em Português, Inglês e Francês. Pessoa escrevia em cadernos de notas, em folhas soltas, no verso de cartas, em anúncios e panfletos, no papel timbrado das firmas para as quais trabalhava e dos cafés que freqüentava, em sobrescritos, em sobras de papel e nas margens dos seus textos antigos. Para aumentar a confusão, escreveu sob dezenas de nomes, uma prática - ou compulsão - que começou na infância. Chamou heterônimos aos mais importantes destes "outros", dotando-os de biografias, características físicas, personalidades, visões políticas, atitudes religiosas e atividades literárias próprias. Algumas das mais memoráveis obras de Pessoa escritas em Português foram por ele atribuídas aos três principais heterônimos poéticos - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos - e ao "semi-heterônimo" Bernardo Soares, enquanto que a sua vasta produção de poesia e prosa em Inglês foi, em grande parte, creditada aos heterônimos Alexander Search e Charles Robert Anon, e os seus textos em francês ao solitário Jean Seul. Os seus muitos outros alter-egos incluem tradutores, escritores de contos, um crítico literário inglês, um astrólogo, um filósofo e um nobre infeliz que se suicidou. Havia até um seu "outro eu" feminino: a corcunda e perdidamente enamorada Maria José. No virar do século, sessenta e cinco anos depois da morte de Pessoa, o seu vasto mundo literário ainda não está completamente inventariado pelos estudiosos, e uma importante parte da sua obra continua à espera de ser publicada.

Citações:

“A obra de arte, fundamentalmente, consiste numa interpretação objetivava duma impressão subjetiva”

“A única realidade da vida é a sensação. A única realidade em arte é a consciência da sensação”

“A uma arte assim cosmopolita, assim universal, assim sintética, é evidente que nenhuma disciplina pode ser imposta, que não a de sentir tudo de todas as maneiras, de sintetizar tudo, de se esforçar por de tal modo expressar-se que dentro de uma antologia de arte sensacionista esteja tudo quanto de essencial produziram o Egito, a Grécia, Roma, a Renascença e a nossa época. A arte, em vez de ter regras como as artes do passado, passa a ter só uma regra - ser a síntese de tudo. Que cada um de nós multiplique a sua personalidade por todas as outras personalidades”

“Desejo ser um criador de mitos, que é o mistério mais alto que pode obrar alguém da humanidade.”

“Quer pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre” Obs.: Ricardo Reis heterônimo de Fernando Pessoa.

“Que este processo de fazer arte cause estranheza, não admira; o que admira é que haja cousa alguma que não cause estranheza.”

“Todos os meus escritos ficaram inacabados; sempre novos pensamentos se interpunham, associações de idéias extraordinárias e inexcluíveis, de término infinito ... O Caráter da minha mente é tal que odeio os começos e os fins das coisas, porque são pontos definidos.”

“Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?”

“Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência.”

“O Essencial da arte é exprimir; o que se exprime não interessa.”

Fernando Pessoa.


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